A Fazenda 12: Conheça o transtorno que teria motivado o surto da acreana Raíssa

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A acreana Raíssa Barbosa, que está no reality show A Fazenda, da Rede Record, teve um surto na noite desta terça-feira (15), logo que recebeu oito votos da casa e foi para a roça.

A modelo de 29 anos, natural de Rio Branco, é diagnosticada com Transtorno de Personalidade Borderline – condição que afeta as suas relações interpessoais, os afetos e suas ações no mundo.

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Depois que recebeu os votos, começou a chorar com Jakelyne na dispensa. Depois, ela foi levada para o quarto pela fazendeira e Luiza Ambiel que, junto com Mirella, tentaram acalmar Raíssa. “Eu fui bombardeada! Eu quero ficar longe de todo mundo porque eu tô com medo de fazer merda. Eu tô surtando”, repetia várias vezes.

Minutos depois, a acreana começou a gritar com o rosto no travesseiro e socá-lo em seguida. Alguns dos integrantes da casa ainda chegaram a ir até o quarto, mas saíram a pedido de Luiza.

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Após isso, a modelo foi até a cozinha tirar satisfação com os peões sobre os votos. “Eu não joguei sujo. Vocês todos jogaram sujo. Me metralharam”, disse.

Raíssa, revoltada com a situação, jogou um copo de água em Biel. “Eu tentei me aproximar dos dois ‘boy lixos'”, revelou ela, se referindo as Biel e Lipe.

A roça foi formada por Raíssa, Fernandinho, Cartolouco e Rodrigão. Nesta quarta-feira (16) acontece a prova do fazendeiro, que tira um deles da roça, mas Raíssa não poderá participar. A eliminação de um dos peões está marcada para quinta-feira (17).

Mas, afinal de contas, que transtorno é esse?

Transtorno de Personalidade Borderline (TPB)

Também conhecido como Transtorno de personalidade limítrofe, o TPB é caracterizado por um padrão generalizado de instabilidade e hipersensibilidade nos relacionamentos interpessoais, instabilidade na autoimagem, flutuações extremas de humor e impulsividade.

Análises clínicas defendem que “pacientes com transtorno de personalidade borderline não toleram estar sozinhos; fazem esforços frenéticos para evitar o abandono e geram crises, como tentativas suicidas, de tal forma que levam os outros a resgatá-los e cuidar deles” – o que talvez explique o comportamento da acreana.

O psiquiatra do Departamento de Medicina Interna da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, André Carvalho, aponta que no transtorno é muito comum existir um humor depressivo e uma sensação subjetiva de vazio como sintomas proeminentes.

“O transtorno de personalidade limítrofe (TPL) é um diagnóstico clínico que engloba uma vasta gama de apresentações. As manifestações da síndrome podem ser agrupadas em três núcleos sintomáticos, a saber: 1) sintomas afetivos, que incluem estados afetivos flutuantes, como depressão, raiva e hostilidade; 2) distorções perceptuais e cognitivas, como delírios de referência, ideação paranóide, ilusões e fenômenos dissociativos; e 3) comportamentos agressivos e impulsivos, como automutilação, agressão física e verbal a terceiros, comportamento suicida, uso abusivo de drogas e promiscuidade”, explicou.

Pacientes com transtorno de personalidade borderline podem sentir empatia e cuidar de uma pessoa, mas somente se eles acharem que essa outra pessoa estará disponível para eles sempre que necessário, é o que também aponta o Manual MSD para Profissionais de Saúde.

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