Pela primeira vez desde o início da pandemia do novo coronavírus, em março, a rainha Elizabeth II participou de compromissos fora de suas residências oficiais nesta quinta-feira (15).
Ela e o príncipe William visitaram cientistas no Laboratório de Ciência e Tecnologia de Defesa, na cidade de Port Down. Na visita, os dois também inauguraram um Centro de Análise Energética para atuações contra o terrorismo. A obra custou 30 milhões de libras, mais de R$ 216 mil pela cotação atual.
Os cientistas de Porton Down pesquisam o novo coronavírus e também identificaram o Novichok, agente neurotóxico utilizado para envenenar o ex-espião russo Serguei Skripal em 2018 e opositor do Kremlin Alexei Navalny este ano.
Londres culpou Moscou pelo ataque a Skripal, exilado na Inglaterra, o que provocou uma crise diplomática sem precedentes e uma expulsão recíproca de diplomatas, algo que não acontecia desde o fim da Guerra Fria.
Covid-19 no Reino Unido
Aos 94 anos, Elizabeth II faz parte do grupo de risco para o novo coronavírus. A partir de março, a rainha manteve apenas os compromissos que podia cumprir virtualmente, de dentro dos palácios reais.
Nem ela nem o neto usaram máscaras, mas, segundo um porta-voz da monarca, todos os cuidados foram tomados para evitar a exposição da rainha e do príncipe, inclusive o distanciamento mínimo de dois metros.
Todas as 48 pessoas que tiveram contato mais próximo com os dois fizeram testes para a Covid-19, e em todos os casos o resultado deu negativo.
A preocupação existe porque o Reino Unido e outros países europeus vivem uma segunda onda de casos de coronavírus. Nesta quinta, o governo britânico ampliou as restrições para evitar um colapso no sistema de saúde.