A greve dos motoristas de ônibus em Rio Branco chega ao seu quarto dia. Nesta quinta-feira (17), parte da frota permanece parada em protesto contra o impasse no pagamento de aporte de R$ 2,4 milhões da prefeitura para cobrir despesas trabalhistas das empresas de transporte.
O movimento tem recebido críticas de trabalhadores que dependem dos ônibus para chegar ao serviço. A secretária Silvana Carvalho, de 43 anos, é uma delas. Ela afirma que na maioria das vezes em que precisou utilizar o transporte coletivo desde segunda (14), não conseguiu.
“Muito complicado. A gente levanta cedo e não sabe nem se vai ter ônibus. A gente pra chegar ao trabalho é uma luta, não sabe se vai conseguir”, lamenta.
Trabalhadores de três empresas de transporte coletivo estão com cerca de dois salários, férias e décimo terceiro atrasados. O motivo da crise é a pandemia de coronavírus, que fez com que o número de passageiros diminuísse durante quase todo este ano.
Para contornar o problema, a prefeitura tenta fazer um repasse de R$ 2,4 milhões provenientes do subsídio para alunos não utilizado em sua integralidade por conta do fim das aulas presenciais na cidade. No entanto, não possui apoio suficiente na Câmara de Vereadores.