De acordo com levantamento feito pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em 2020, ano em que a pandemia afetou fortemente a Educação em todo o Brasil e no mundo, o Acre se destacou como o terceiro Estado do país que mais registrou abandono escolar entre crianças e adolescentes, proporcionalmente.
O mais preocupante ainda é que a média de 10% obtida pela unidade ultrapassa a nacional, que é de 3,8% (o que representa 1,38 milhão de alunos).
Roraima lidera o ranking com 15%, à frente do Amapá, que alcançou 12%.
Os dados coletados em outubro de 2020 estão no estudo “Enfrentamento da Cultura do Fracasso Escolar”, do Unicef, e considera levantamentos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Minas Gerais e Sergipe registraram a menor taxa na faixa-etária pesquisada – ambos estados com pouco mais de 2% dos estudantes fora do ambiente escolar.
Para o chefe de Educação do Unicef no Brasil, Italo Dutra, entrevistado CNNN, entre os fatores que afastaram as crianças das atividades escolares estão os impactos econômicos da pandemia nas famílias, o acesso limitado à internet -especialmente nas regiões Norte e Nordeste – além de questões como saúde mental e até violência doméstica.
“No Semiárido e na Amazônia Legal, você vê diferenças gritantes comparadas à média nacional e à região sudeste, por exemplo. Já tínhamos problemas estabelecidos nesses lugares e, com isso, a população que sofria antes, sofreu ainda mais os efeitos da pandemia”, afirma Dutra.