No Brasil, comparando o total de mortes ocorridas entre novembro e dezembro de 2020 com todos os óbitos registrados entre janeiro e fevereiro deste ano, houve um aumento de 71% dos óbitos. Já os diagnósticos positivos da doença aumentaram 34%, comparando os mesmos períodos. Os dados são de um levantamento feito pelo jornal O Globo.
Os estados que apresentaram maior percentual de aumento de óbitos no primeiro bimestre do ano foram Amazonas (662%), Roraima (229%), Pará (225%), Rondônia (187%), Minas Gerais (129%), Tocantins (112%), Alagoas (104%) e Ceará (102%).
Especialistas apontam que mortalidade pela doença no país tem relação com diversos fatores, como a nova variante do vírus e as fetas de fim de ano . “Uma outra coisa que aconteceu foram as festas de Natal e Réveillon, que resultaram em situações de aglomeração. Estamos pagando por isso agora, e vamos pagar pelo carnaval também, por um bom tempo”, diz o epidemiologista Paulo Lotufo, professor da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista ao Globo.
Santa Catarina (-2%), Distrito Federal (1%), Espírito Santo (8%) e Rio Grande do Sul (13%) apresentaram queda ou menor aumento nos óbitos na comparação entre os períodos analisados. Isso porque os estados do Sul, por exemplo, tiveram um pico de mortes no último bimestre de 2020 e, por isso, um crescimento relativo menor no início deste ano.
A comparação entre os bimestres também mostra que o número de casos confirmados, não apenas as mortes, estão subindo bruscamente. Os diagnósticos positivos mais que dobraram no Amazonas (193%) e em Rondônia (122%). O aumento de casos foi significativo no Mato Grosso (91%), em Alagoas (90%) e Minas Gerais (81%).