Após um requerimento da vereadora Michelle Melo (PDT), os garis que foram agredidos com gás de pimenta pela tropa de choque da Polícia Militar do Acre à mando da Prefeitura de Rio Branco, participaram da sessão remota desta quinta-feira (18), para serem ouvidos acerca do episódio da última segunda-feira (15).
Segundo o servidor de uma das terceirizadas, José Wellington, em nenhum momento os trabalhadores estavam reivindicando a mando das empresas, mas sim, por causa própria. “A gente ouviu muita coisa, mas não estávamos defendendo lado A ou B, apenas buscando nossos direitos”, declarou.
Em relação ao protesto, Wellington disse que o objetivo dos trabalhadores era ouvir uma palavra de alento do prefeito Tião Bocalom, no entanto, foram surpreendidos com o uso da força policial. “A gente tinha o prefeito Bocalom como um herói, mas não ele mandou usar a força policial. A gente não é criminoso, é pai de família”, explicou.
O trabalhador destacou ainda que o episódio é lamentável e ficará marcado na história. “O ato da PM foi desnecessário, só queríamos receber os salários”, ressaltou.
A vereadora Michelle Melo frisou que a atitude tomada pela prefeitura na condução do ato lhe causa repugnância, tendo em vista que ao invés do uso da polícia, poderia ter usado o diálogo. “Quer dizer que na campanha eles servem para ouvir, agora não, eles não servem, tem que usar a força. Essa ação violou os direitos deles”, acrescentou Melo.