O pedagogo Vital Melo, de 60 anos, foi desafiado pelo genro a fazer uma tatuagem em homenagem à vacina contra a Covid-19. Segundo ele, os dois estavam conversando e o pedagogo disse que queria fazer algo que marcasse esse momento histórico. O genro não acreditou, disse que o sogro não teria coragem e ele, então, resolveu aceitar o desafio.
A tatuagem foi feita nesta quinta-feira (19) e, segundo o pedagogo, foi uma oportunidade de homenagear a ciência e os amigos que perderam a luta para o coronavírus. Segundo ele, já foram 13. Ele ainda não tomou a vacina, mas espera que, após receber o imunizante, possa viver pelo menos mais 60 anos.
“Estava sentado no sofá, ao lado do meu genro, aí eu disse: ‘Eu quero marcar esse momento histórico. Estava vendo na internet e estou pensando em fazer uma tatuagem para marcar o momento’. Aí ele me disse: ‘Tu não tem coragem!’, aí eu retruquei dizendo que tinha sim. Aí pensei na imagem, que é um alvo com a agulha entrando no braço. Fui lá com o tatuador, ele preparou e nós fizemos. O tatuador adorou também, achou bem legal. Tenho 60 anos e agora quando eu tomar a vacina terei a possibilidade de viver mais 60”, contou ao risos.
Para o pedagogo, a vacina traz a possibilidade da volta de uma vida normal. Ao G1, ele contou que chegou a pegar a doença ainda na primeira onda, que assolou a capital amazonense entre os meses de abril e maio de 2020. Agora, quer manter os cuidados até ter mais segurança para voltar à normalidade.
“Eu já tinha uma outra tatuagem na pele que eu fiz há 10 anos, mas é um momento histórico, né?! Para a ciência, para o povo, para libertar a nossa população confinada, principalmente quem já tem uma certa idade e ainda está em casa. É uma liberdade do vírus, da doença, uma liberdade para uma vida nova”.
Melo segue trabalhando de casa e entre uma consultoria e outra, disse que a pandemia o levou a pensar em possibilidades antes nunca pensadas, como uma nova tatuagem. Agora, ele espera também que mais pessoas possam ser vacinadas, inclusive a filha e o genro.
“Eu sigo em casa, faço minhas consultorias online. E depois da segunda dose, e se a gente tiver uma segurança mais, vou se mentir mais tranquilo… Mas não adianta eu ter tomado e o resto da população, não. Só vou me sentir feliz por completo quando a vacinação for completa para todos. Quando todo mundo tiver acesso. O que é mais triste hoje é a gente abrir as redes sociais e ver jovens de 18, 20, 24 anos, perdendo a vida porque não tiveram a mesma possibilidade que eu to tendo”.
Agora, com a tatuagem, a imunização vai estar marcada para sempre na memória do seu Vital. “Quero levar para o resto da minha vida que eu tomei a vacina, que eu renasci para uma nova vida”, finalizou.