Ex-atleta paralímpico ganha a vida fazendo entregas em cadeira de rodas

Trabalhar como entregador de aplicativo não estava nos planos do ex-atleta Caíque Palma de Souza, de 23 anos. Mesmo que estivesse, ele teria dificuldades para executar tal tarefa. Não existe uma categoria específica para deficientes físicos dentro dos aplicativos. A bicicleta era a opção mais próxima de sua realidade. Apesar de não poder usá-la, foi nela que ele se cadastrou para fazer entregas em Paulínia, cidade do interior de São Paulo. É sobre duas rodas paralelas que ele se desloca. Caíque é cadeirante.

As dificuldades impostas pela pandemia fizeram com que Caíque, um dia velocista de destaque, passasse a fazer entregas. Isso porque sua mãe perdeu o emprego. Aos 57 anos, ela trabalhava como diarista em repúblicas próximas à Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp. Sem aulas presenciais, não havia mais o que limpar.

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