Há 5 anos o mundo perdia padre Paolino, o defensor dos mais pobres

Nesta quinta-feira (8) fazem cinco anos do falecimento do padre Paolino Maria Baldassari. O religioso morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos no dia 8 de abril de 2016, após passar 12 dias internado no Pronto-Socorro de Rio Branco.

Padre Paolino nasceu em Bolgna, na Itália, e veio para o Acre ainda jovem com a missão de evangelizar o interior do estado. Ele atuou pela Ordem Servos de Maria e foi pároco em Brasiléia e Sena Madureira. Em Sena, o dia de hoje é feriado municipal.

Padre Paolino internado na UTI do Huerb/Foto: Reprodução

Em Sena Madureira, onde Paolino passou boa parte da vida, é feriado nesta quinta-feira, de acordo com projeto de lei aprovado na Câmara Municipal e sancionado pela Prefeitura.

O vigário teve seu processo de beatificação iniciado pela Igreja Católica em 2019, a partir da publicação de uma obra com sua biografia e da junção de depoimentos de fiéis católicos.

O defensor dos mais pobres 

Aproximadamente às 15h do dia 8 de abril de 2016, os fieis católicos receberam a notícia do falecimento de Padre Paolino, o religioso com mais de 60 anos de sacerdócio.

Reconhecido nacionalmente pela entrega aos ribeirinhos, nas desobrigas que demoravam meses e na entrega de fitoterápicos (de sua produção, com auxílio de plantas e ervas medicinais típicas da Amazônia) aos moradores da zona rural, o bom velhinho recebeu vários títulos e homenagens ao longo de sua vida. Em 2004, o “pai espiritual” de milhares de pessoas foi intitulado, pela Universidade Federal do Acre (Ufac), Doutor Honoris Causa, considerando sua luta ambiental, os serviços prestados em localidades distantes, sua firmeza de caráter na defesa dos mais humildes e seu histórico de vida aprovado na Câmara de Recursos e Títulos Honoríficos da instituição. Em novembro de 2006, também foi escolhido em primeiro lugar como liderança individual do Prêmio Chico Mendes, concedido pelo Ministério do Meio Ambiente.

Nascido na Itália, era filho de um pedreiro com uma agricultora. Ainda jovem tornou-se ajudante de pedreiro e não gostava de estudar. Era tão ruim em matemática, segundo ele mesmo afirmava, que, certa vez, numa única aula levou 70 tabefes do professor por não responder corretamente a tabuada. Após a guerra, tendo migrado para o Brasil, passou a ser aluno aplicado, formando-se em Teologia e aprendendo vários idiomas.

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