Convidada do Altas Horas do último sábado, 24/4, Sandra Annenberg foi às lágrimas ao escutar um depoimento do ativista Preto Zezé. Ele, que é presidente da CUFA (Central Única das Favelas) e criador de uma campanha contra fome nas comunidades, chamada Fome Mata, Panela Cheia Salva, contou uma história emocionante de solidariedade:
“Vou contar a história de um grupo de mães que recebeu um (cartão) “vale mãe” numa favela de Fortaleza. Fomos entregar essas 50 (doações) nesse dia. Quando a gente terminou de entregar, chegaram mais 50 mães e a gente não tinha mais cartões, não tinha mais perspectiva de quando chegaria uma nova remessa de doações. E aí foi aquele clima tenso, aquele mal estar. E aí uma mãe se levantou e disse: ‘Eu sei que tá todo mundo passando necessidade, mas eu queria sugerir que cada uma de nós doasse, do nosso cartão, o que puder para essas mães. Quem não puder, tudo bem’. E o mais impressionante foi que todas as mães adotaram as outras 50 mães e dividiram o seu cartão de 120 por 60, para que todas pudessem ser contempladas.”
Muito tocada pelo depoimento de Preto Zezé, a jornalista desabafou:
“Isso me dá esperança! Porque eu ando muito angustiada. Acho que todo mundo anda com os nervos à flor da pele. E eu não quero perder a esperança no nosso país, não quero perder a esperança no nosso povo. E quando você me conta essa história, aí eu vejo que o brasileiro é esse povo que tem como profissão a esperança. E a gente vai sair dessa, a gente vai conseguir.”
Depois da emoção, veio a descontração. Sandra relembrou o dia em que soltou a frase “Que deselegante!” no Jornal Hoje e que acabou se transformando em uma grande meme da internet.
Em outro momento do programa, Sandra ainda comentou sobre a conquista da filha Elisa, de 17 anos. A menina, que pretende seguir a carreira de atriz, se jogou nos estudos durante a pandemia e conseguiu passar para uma universidade dos Estados Unidos.
“Eu queria terminar aqui dizendo que eu tô muito orgulhosa dela. Ela fez todas as audições online e ela se dedicou muito, muito. Eu queria conseguir levá-la, mas não sei se vou conseguir, pois o mundo está fechado para o Brasil”, lamenta a jornalista.