PF acusado de matar a filha de 2 meses é ouvido em audiência nesta terça

Acontece na manhã desta terça-feira (27), o interrogatório do agente da Polícia Federal Dheymerson Cavalcante Gracino dos Santos e sua mãe Maria Gorete Cavalcante, que vivem em Maceió (AL). Os dois são acusados pela morte da pequena Maria Cecília, morta no dia oito de março de 2019, em condições misteriosas e que a Polícia Civil, ao investigar o caso e indiciar o casal, garante que foi um crime premeditado.

A criança, de dois meses de vida, se alimentava apenas de leite materno. A mãe da criança, Micilene Souza, que vivia na região do Juruá, foi convidada a vir Rio Branco com a criança a fim de que pudesse ser apresentada a avó, Maria Gorete, que viera de Alagoas apenas com o fito de conhecer a neta.

Ao chegar em Rio Branco, Micilene foi para a casa de um amiga, no bairro do Bosque, enquanto o pai da criança foi buscá-la para levá-la ao encontro da avó, em sua residência. “Eu disse que ela só mamava e que por isso precisava voltar logo”, disse Micilene, ao revelar ter feito a recomendação ao agente federal. Mas, a partir do momento em que saiu coma criança, Dheymerson Cavalcante não mais atendeu ao telefone e Micilene só veio saber da filha, à noite, a partir de um telefonema do Pronto Socorro em que o agente federal dizia que a criança havia passado mal.

Exames do Instituto Médico Legal (IML) revelaram que a criança morreu por broncoaspiração – insuficiência respiratória e obstrução das vias aéreas causadas pela quantidade excessiva de leite ingerido. A partir daí a mãe da criança passou a sustentar que a pequena Maria Cecília fora vítima de um plano diabólico para por fim à sua vida, já que, ao ficar grávida, num relacionamento que começou a acontecer em Marechal Taumaturgo, onde o agente federal trabalhava, o pai da criança queria que ela abortasse. “Minha filha foi morta para que ele não pagasse pensão”, acusou Micilene.

Filho e mão negam as acusações e devem sustentar isso na audiência de hoje. Além do interrogatório dos réus, serão ouvidas as testemunhas de acusação e defesa. A defesa de Dheymerson Cavalcante chegou a pedir o adiamento da audiência, já que a intenção do advogado era que a sessão ocorresse presencialmente, mas o recurso foi negado pelo Juiz Alesson Bráz

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