Kevin Nascimento Bueno, o MC Kevin, de 23 anos, respondia por quatro crimes no estado de São Paulo, onde morava.
Nos últimos quatro anos, o cantor foi indiciado por receptação de um celular furtado, embriaguez ao volante, posse de drogas para uso pessoal e infração de medida sanitária preventiva.
O cantor morreu no último domingo (16/5), após ter caído do apartamento 502 de um hotel na Barra da Tijuca, zona oeste. Em nenhum dos casos houve condenação e, com a morte do funkeiro, o arquivamento das ações será solicitado.
O último boletim, obtido pelo jornal O Globo, foi registrado por um representante do condomínio onde Kevin morava, no dia 13 de maio do ano passado, na 3ª DP (Mogi das Cruzes).
No documento, moradores alegam que o cantor continuou utilizando o espaço comum do local, mesmo estando com Covid-19.
Segundo eles, Kevin frequentou a academia, circulou de carro e inseriu a digital no dispositivo de liberação da cancela de saída.
O cantor pediu desculpas pelo Instagram, mas foi indiciado de acordo com o artigo 268 do Código Penal, que consiste em “infringir determinação do poder público, destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa”.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, o cantor também respondia por posse de drogas para uso pessoal após ser flagrado por policiais fumando maconha.
O cantor estava em um carro com um amigo quando foi abordado.
Ele teria respondido aos PMs “de forma bastante exaltada”, “tentou se desvencilhar” e “regressou para o interior veículo”, de onde, então, retirou dois copos com bebida alcoólica.
Na delegacia, Kevin “afirmava ser artista e que não iria a lugar algum, bem como, que ninguém iria entrar em seu veículo”, segundo relato dos policiais.
O funkeiro precisou ser algemado e colocado na viatura, mas foi liberado depois de assinar um termo de compromisso.
Receptação de celular furtado
Já em 28 de junho de 2016, PMs abordaram Kevin e outros dois homens em uma ronda a pé.
Na revista pessoal, foi encontrado com o cantor um Iphone que constava como furtado no ano anterior, e Kevin afirmou que “poderia ser de procedência duvidosa”.
Ele recebeu voz de prisão e foi levado à 90ª DP (Parque Novo Mundo).
No local, o advogado de Kevin pagou a fiança no valor de R$ 1 mil e o artista foi indiciado pelo crime de receptação.
O processo está em andamento na 8ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda.
Em 13 de julho de 2016, o funkeiro se envolveu em um acidente de carro.
Ao avançar o sinal vermelho, o Hunday Tucson que dirigia colidiu com outro carro e atingiu um muro de proteção da via-férrea.
Kevin não tinha carteira de habilitação e estava com 0,49 Mg/L de álcool no sangue – superior aos 0,33 Mg/L permitidos em lei.
Ele apresentava “sinais notórios de ter ingerido bebida alcóolica em excesso”, como “vermelhidão nos olhos, andar cambaleante, odor etílico” e fala “desconexa”.
O delegado definiu fiança no valor de R$ 1 mil para responder em liberdade e o carro foi liberado, após perícia, para a mãe de Kevin.
O que já se sabe sobre a morte
As investigações comandadas pelo delegado Édson Henrique Damasceno, da 16ª DP (Barra da Tijuca) ainda não encontraram indícios de crime na morte do funkeiro Kevin Nascimento Bueno.
Alguns detalhes já foram confirmados pela polícia. Kevin estava com o amigo Victor Elias Fontenele, o MC VK, e a modelo paulista Bianca Dominguez, com quem fazia sexo.
Consumiu álcool e maconha durante a tarde daquele dia. Pelo programa, o artista combinou pagamento de R$ 2 mil.
Segundo as investigações, MC Kevin teria tentado escapar pela sacada para outro apartamento e caído porque pensou que seria flagrado pela esposa.
A mulher do cantor, em depoimento na delegacia, informou que ele usou ainda MDMA, droga sintética, e relatou preocupação, brigas e angústia nos últimos momentos com o marido.
Os investigadores aguardam, para a semana que vem, laudos do local e de cinco telefones apreendidos, entre eles de Kevin, Deolane Bezerra e Bianca, para confrontar com todos os depoimentos.
Se for concluído que se tratou de um acidente, para que o caso seja arquivado, ainda será necessário passar pelos crivos do Ministério Público e do Judiciário.
Segundo as investigações, MC Kevin teria tentado escapar pela sacada para outro apartamento e caído porque pensou que seria flagrado pela esposa.
A mulher do cantor, em depoimento na delegacia, informou que ele usou ainda MDMA, droga sintética, e relatou preocupação, brigas e angústia nos últimos momentos com o marido.
Os investigadores aguardam, para a semana que vem, laudos do local e de cinco telefones apreendidos, entre eles de Kevin, Deolane Bezerra e Bianca, para confrontar com todos os depoimentos.
Se for concluído que se tratou de um acidente, para que o caso seja arquivado, ainda será necessário passar pelos crivos do Ministério Público e do Judiciário.
Ele morreu por traumatismo craniano e ação contundente. O corpo foi sepultado na terça-feira (18/5), em São Paulo, onde o artista morava.