Novos dados publicados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que as contaminações por covid-19 continuam a sofrer uma queda na semana que terminou no último domingo.
A retração global foi de 14%, com a taxa de redução ainda mais elevada na Europa, de 25%.
Mas os dados também revelam que a pandemia não perde força no Brasil e as taxas apontam para um sentido contrário em comparação com a média mundial.
De acordo com a OMS, houve um aumento de 3% no número de novas contaminações no país na última semana, com um total de 451 mil novas infecções.
Apenas a Índia, que vive uma crise sanitária sem precedentes, ainda enfrenta uma situação pior que a do Brasil.
Um total de 1,8 milhão de novos casos foi detectado no país asiático em sete dias. Ainda assim, trata-se de uma redução de 23% em comparação à semana anterior.
No mundo, foram 4,1 milhões de novos casos registrados em sete dias. Trata-se, segundo a OMS, da terceira semana consecutiva de redução.
Mas a agência insiste que há, cada vez mais, “dois mundos” sendo estabelecidos. Um deles conta com amplas campanhas de vacinação e uma queda significativa de mortes.
Em apenas uma semana, os EUA registraram uma queda de 20% em novas contaminações.
Na Europa, a queda também foi significativa em diversos locais. Na Alemanha, a redução em novas infecções foi de 24% em sete dias.
De outro lado, porém, países que patinam na vacinação e em medidas sociais continuam mergulhados em crises que não dão sinais de perder força.
Três dos locais com maior número de novos casos estão na América do Sul.
Além do Brasil, que ocupa o segundo lugar mundial na semana, a Argentina aparece com 210 mil novos casos, superando os EUA. A Colômbia ainda vem na quinta posição, com 107 mil novos casos.
Com distanciamento e vacinas, mortes caem em 21% na Europa
Outra constatação da OMS é de que as mortes têm sido reduzidas de forma importante em diversos países. Na Europa, a queda em apenas uma semana foi de 21%, contra uma queda mundial de 2%.
No total, os mais de 40 países do continente europeu registraram um número inferior de mortes que o Brasil na semana, que não viu uma queda dos números.
Foram 13 mil óbitos no Velho Continente, contra 13,6 mil no Brasil. Nos EUA, a taxa é de 4 mil mortes na semana.
A liderança, em termos de mortes, continua sendo da Índia, com 28 mil óbitos.
Nas Américas, a situação da Argentina também preocupa. Em uma semana, a alta foi de 19%, com 3,5 mil vítimas.