Um liderança forte e em ascensão
De bermuda e sandálias, o governador Gladson Cameli passou o último final de semana visitando obras. Esteve, por exemplo, nos trabalhos de contenção do barranco do Rio Acre na ETA (Estação de Tratamento D’Agua) da Sobral. Isso depois de visitar várias famílias do bairro Nova Estação, conversando com trabalhadores, donas de casa e jovens.
Por onde passou, o governador foi muito recebido. E com os jovens, a empatia é imediata.
Desta forma simples e humilde, o governador vem se consolidando como uma das mais fortes lideranças políticas de seu tempo.
É um forte candidato à reeleição, com chances de se reeleger no primeiro turno, a depender de quem serão seus adversários.
Os que apareceram até aqui não o ameaçam.
Mais um desembarque no Governo
A propósito da possível reeleição, um outro Partido, que aliás esteve na base da extinta Frente Popular, a exemplo do que ocorreu com o PSL, deve juntar-se ao projeto de Gladson Cameli As tratativas para o desembarque no Governo se intensificaram na tarde desta segunda-feira (07).
Cálculo errado do professor de matemática
Se o PT conseguiu reaver um mandato de deputado federal através de Leo de Brito, com a cassação de Manuel Marcus, o Partido tem que agradecer ao perfeito Tião Bocalom. É que, embora professor de matemática, ele errou feio quando entrou com ação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pleiteando assumir a vaga do deputado quando ainda era suplente pelo PSL. Não calculou o coeficiente eleitoral.
Sobra de votos
A coligação que elegeu a deputada federal Perpétua Almeida (PCdoB), onde estava Leo, do PT, teve quase 80 mil votos. O número de votos, divididos por dois, daria próximo a 40 mil votos para fazer o primeiro deputado, no caso Perpétua Almeida. Para fazer o segundo, que seria Leo de Brito seriam necessários mais 40 mil, o que o Partido não alcançou. Então, a vez seria do PSL, que, no entanto, ficou com números abaixo daquela quantia obtida pela coligação encabeçada pelo PT, em torno de 30 mil votos, a maioria atribuídos a Bocalom.
Chupando o dedo
Certo de que, na Justiça, na base do tapetão, ele ganharia a vaga com o insucesso de Manuel Marques, Bocalom pediu a cassação dos votos dados ao deputado do PRB. Se tivesse pedido só a cassação do deputado e não dos votos a ele atribuídos, talvez tivesse alguma chance. Mas, como pediu a cassação dos votos, na recontagem seguinte, os votos do PSL eram menores que a chamada sobra do PT. Por isso, a Justiça Eleitoral chamou Leo de Brito para assumir e Bocalom, mais uma vez, ficou chupando o dedo. Houvesse pedido só a cassação de Manuel Marques – e não dos votos -, o suplente a assumir seria Railson Correia, que era o primeiro da coligação.
Efeito Rubem Branquinho
A sorte foi que, em 2020, ganhou a Prefeitura.
Se tivesse perdido a eleição para a Prefeitura, Bocalom teria o mesmo destino de um certo Rubem Branquinho, que se elegeu deputado federal constituinte pelo Acre, chegou a disputar o Governo mas foi derrotado, em 1990. Com a derrota, desapareceu do Acre.
Pólvora alheia
Na Prefeitura, já fala-se abertamente que o atual secretário municipal de saúde, Frakn Lima, é candidato a deputado estadual, pelo PP.
Já estaria em campanha, se autopromovendo, usando como pano de fundo a vacinação contra a Covid. Há uma verdadeira inflação de vídeos nas redes sociais com a cara e voz de taquara rachada do secretário municipal. Aliás, o excesso de aparições do secretário está causando antipatia até entre os sus colegas secretários.
É o típico caso de quem atira com pólvora alheia.
Meire Serafim não deve ser candidata à reeleição
A deputada Meire Serafim, esposa do prefeito Mazinho, de Sena Madureira, do MDB, não estaria disposta a disputar à reeleição. Estaria dizendo a pessoas próximas que a política, como ela descobriu, não é algo que se afine com sua personalidade. Uma das causas seria a violência e beligerância do marido, que fez muitos inimigos ao longo do tempo e isso acabou a atingindo também. Educada e refinada, a deputada não gosta das caras feias que é obrigada a encarar por causas das desavenças com seu marido.
A caminho do PSD
Em substituição, quem deve ser candidata a deputada estadual é uma filha do casal Mazinho e Meire. A moça seria candidata pelo PSD, do senador Petecão, pelo qual Mazinho Serafim também seria candidato a deputado federal.
Cooptação no Alto Acre
Foi o próprio Mazinho Serafim que andou batendo com a língua nos dentes sobre o assunto no último final de semana. A propósito, Mazinho Serafim passou o final de semana em Epitaciolândia e Brasileia, no Alto Acre. Por onde passou, tentou cooptar pessoas para as futuras campanhas.
Desistência de Antônio Moraes
Quem também estaria propenso a não disputar uma vaga na Assembleia Legislativa, no ano que vem, depois de ter anunciado a ideia a amigos, é o vereador Antônio Moraes, do PSB. Ele pensa em concluir o mandato e talvez até desistir da política.
Calafate sem lideranças
Com a possível saída de cena de Antônio Moraes, o Bairro do Calafate, que já foi um dos mais politizados da cidade e que tinha lideranças como o ex-vereador Cosmo Moraes, pai de Antônio, de Manuel Israel Lira, já falecido, e de Raimundo Vaz, que ainda se movimenta mas já não parece mais tão disposto a concorrer a cargos eletivos, aos poucos, vai perdendo representatividade política e no parlamento.
Sinal de que muitas coisas vêm mudando naquela região da cidade.
Júnior Betão, o retorno
O ex-deputado federal Júnior Betão deve retornar à política. Em 2022, deve vir para deputado estadual.
Só não sabe ainda por onde.
PT deve vencer no Sinteac
O sindicalista Manuel Lima deve ganhar as eleições diretas para a presidência do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), a maior entidade sindical do Estado. No momento em que a coluna é escrita, por volta das 13h30min, Manuel lima liderava todas as parciais de boca de urna.
Uma possível vitória de Manuel Lima significa uma vitória do PT no movimento sindical. Lima é um petista convicto.
Sem falsa alegria
Cantor e compositor Sérgio Souto, autor do clássico da MPB “Falsa Alegria” e de tantos outros sucessos na sua própria ou na voz dos maiores intérpretes do país, convalesce em casa após um acidente doméstico, no portão. O acidente foi com relativa gravidade mas ele passa bem. Uma repentina falta de ar após o acidente quase ameaçou a bela e afinada voz do cantor.
Mas ele vem se recuperando e muito em breve deve retomar sua rotina, para a alegria genuína dos fãs e amigos.
Bolsonaro não vai à CPI da Covid
Apesar de admitir a interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas políticas de combate à pandemia, o presidente da CPI da Covid no Senado, senador Omar Aziz (PSD/AM), afirmou que não pretende convocá-lo a depor. “Não vejo como levar um presidente para uma CPI, isso não existe. Você não tem como nem convidar o presidente”, reforçou. A declaração foi dada em entrevista ao CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília — desta segunda-feira (07).
Congresso busca auxílio permanente
Ainda de Brasília chega a informação de que os presidentes do Congresso vêm deixando clara, em declarações públicas, sua preocupação em estabelecer um programa social permanente que substitua ou amplie o Bolsa Família. Em evento com investidores nesta segunda-feira (07), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que o Congresso precisa ter um “projeto viável” de criação desse programa que possa ser votado antes do recesso parlamentar, a partir de 17 de julho, ou mesmo antes do pagamento da última parcela do auxílio emergencial, de forma a possibilitar que entre em vigor ainda neste ano. O presidente do senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) vai na mesma pisada.
Esquerda unida…
Por aqui, já não é mais segredo para ninguém que os partidos de esquerda, encabeçados pelo PT, devem se reaglutinar. Seria uma união de forças para tentarem conquistar o Senado, com o nome de Jorge Viana como candidato. O deputado estadual Jenilson Leite deve ser mesmo candidato a governador. Apostam na divisão de forças no entorno do governador e dos candidatos que tomaram o poder do PT em 2018. PT, PCdoB e PSB acreditam que, unidos, podem ter muita chance de vencer a disputa do Senado, altamente fragmentada e, pelo menos, se garantir em um segundo turno para disputa ao governo estadual, com uma bancada consistente na Câmara Federal e na Assembleia. A estimativa dos partidos de esquerda é que podem fazer três deputados federais e pelo menos 10 deputados estaduais, na soma dos partidos.
É como diz aquela máxima: sonhar não custa.
Bicudos não se beijam
Nesta reaglutinação local dos partidos de esquerdsa, a incógnita fica por conta do PDT, do deputado estadual Luiz Tchê. Governista de carteirinha, não se sabe, ainda, se pela primeira vez o PDT deixaria o Governo para se juntar às oposições. A aposta maior é que não. É que os partidos de esquerda vem se reaglutinando em torno da expectativa de poder com uma possível eleição do ex-presidente Lula. Como o PDT tem o ex-ministro Ciro Gomes como um potencial candidato, não se sabe, portanto, como marchará o Partido, pelo menos em nível local.
Estrategistas de esquerda vêm buscado uma aproximação entre Ciro e Lula. Mas dificilmente isso daria certo. Como diz o ditado, dois bicudos não se beijam.