“As investigações apuram o envolvimento de servidores públicos do Estado do Mato Grosso do Sul com um grupo de empresários em fraudes relacionadas a procedimentos licitatórios, obras superfaturadas e desvio de recursos públicos. Os fatos indicam possíveis irregularidades na apreciação e julgamento de processos relativos à empresa detentora da concessão dos serviços de coleta de lixo e de tratamento de resíduos no município de Campo Grande/MS”, pontuou a PF.

A Solurb vem no imbróglio então desde 2013, quando a prefeitura trocou de prefeito e o ex-prefeito Alcides Bernal, anulou contratos e tentou na Justiça refazer licitação. Já foram anos de ganha e perde recursos, que bloquearam até bens da empresa e atualmente está julgado e definido o fim do contrato e que se refaça Licitação. Mas, devido a recursos e decisões diferente no próprio Judiciário, a empresa continua a operar já por mais de oito anos.

No último dia de mandato, em 2016, o então prefeito Bernal chegou a anular oficialmente e ‘por completo’, o contrato de licitação do lixo na Capital. No entanto, o TCE, também se envolvendo no problema e agora investigado, acabou considerando o decreto nulo e determinou a manutenção do contrato bilionário. Os conselheiros também negaram outros pedidos contra a concessionária do lixo.

No TCE

De acordo com nota da CGU, os três conselheiros do TCE são suspeitos de integrar a organização criminosa investigada na Operação Mineração de Ouro. A suspeita é de que tenham usado a mineração para lavar o dinheiro proveniente da corrupção.

A operação conta com a participação de 102 policiais federais, 21 auditores e 12 analistas tributários da Receita e 19 servidores da CGU.

“O nome da operação decorre de indícios de que a aquisição de direitos relacionados a mineração tenha sido utilizada para lavagem de dinheiro”, conforme nota da superintendência regional da PF de Mato Grosso do Sul.