O governador do Amazonas, Wilson Lima, conseguiu junto ao STF (Supremo Tribunal federal), habeas corpus que o livra de depor na CPI da Covid do Senado nesta quinta-feira (10). A decisão é da ministra Rosa Weber e a defesa do governador já anunciou que ele não prestará o depoimento. A decisão abre precedente para os outros oito governadores também convocados pelos senadores.
A CPI da Covid deve analisar, ainda hoje, 36 requerimentos de convocação, informações e quebra de sigilos telefônicos e bancários. Entre os alvos, estão os ex-ministros Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Eduardo Pazuello (Saúde) e a médica Nise Yamaguchi.
Três requerimentos do senador Alessandro Vieira (Sem Partido) pedem a quebra do sigilo de empresas de publicidade envolvidas em contratos com o governo federal. Também se pede a quebra de sigilo do virologista Paolo Zanotto e da médica Nise Yamaguchi, do empresário Carlos Wizard Martins e dos ex-ministros Eduardo Pazuello e Ernesto Araújo.
Na pauta, há ainda três pedidos de depoimento de Carlos Eduardo Gabas, ex-secretário-executivo do Consórcio Nordeste. Senadores também querem levar à comissão representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o ministro da Controladoria Geral da União, Wagner Rosário.
Em sua decisão, a ministra Rosa Weber disse que Wilson Lima poderia decidir, por livre e espontânea vontade, se prestaria depoimento à CPI. Comparecendo, ele teria direito a permanecer em silêncio e, se decidisse falar, não precisaria fazer o juramento de dizer a verdade. O governador do Amazonas é investigado por participação em esquema de desvio de recursos destinados ao combate da pandemia.