Desde domingo (13), o Rio Acre vem apresentando queda expressiva em seu nível, que já está abaixo dos 3 metros, de acordo com a Defesa Civil de Rio Branco.
Na manhã desta quarta-feira (16), a medição das 6h apontou para 2,83m – dado que sinaliza uma crise hídrica, principalmente nos próximos 4 meses.
O representante do órgão municipal, major Cláudio Falcão, disse em entrevista exclusiva ao ContilNet que o cenário de 2021 é muito parecido com o de 2016, ano em que o Estado enfrentou uma de suas piores secas históricas.
Quando se trata do volume de chuvas acumulado, maio foi o pior mês dos últimos 5 anos. Se destacado o nível das águas durante os primeiros dias de junho, o dado é também o menor desde 2016.
“Não é uma situação confortável, pois não temos previsão de chuva para os próximos dias. A expectativa é que os 4 meses seguintes sejam de muita estiagem. É uma crise hídrica considerável”, comentou Falcão.
A questão não afeta apenas os moradores que dependem do abastecimento público de água em Rio Branco, mas também as pessoas que moram distantes dos rios e contam com poços particulares, além dos agricultores e criadores de rebanhos.
“É uma ilusão achar que somente as pessoas que dependem do abastecimento público de água serão afetadas por essa crise hídrica. Se falta água nos rios, também vai faltar nos igarapés, nos reservatórios e nos poços construídos em residências e, consequentemente, para a agricultura e demais produtores rurais. É uma questão lógica”, finalizou o representante da Defesa Civil.