Mãe e companheira são suspeitas de agredir irmãos; um deles deficiente

Uma mãe e a companheira são suspeitas de agredir um menino de 6 anos e uma adolescente de 14, em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. De acordo com a delegada Bruna Coelho, a diretora da escola em que a menina estuda notou as lesões na criança.

 

“A direção percebeu que as perninhas do menino estavam com hematomas e acionou o Conselho Tutelar. A madrasta e a mãe tomaram conhecimento da denúncia e, nervosas, agrediram a menina de 14 anos porque pensaram que ela denunciou”, diz a delegada.

 

Por não terem a identidade divulgada, o G1 não conseguiu contato com a defesa das suspeitas.

A titular da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) diz que as duas mulheres foram autuadas em flagrante nesta quinta-feira (17) por lesão corporal. Conforme informações da investigação, elas foram até a escola tentar justificar a agressão e acusar a adolescente de bater no irmão.

Um agravamento do caso, para a delegada, é que o menino requer cuidados especiais, pois tem uma doença genética chamada “Síndrome de Cornélia de Lange”, caracterizada por múltiplas anomalias congênitas.

 

“Ela vem agredindo há um tempo e o que chama a atenção é que é uma criança especial, não fala, não anda direito, faz xixi e cocô na cama por causa da doença”, fala Bruna.

 

Segundo a polícia, durante a última ida à escola, a direção percebeu as lesões na adolescente e chamou a Polícia Militar, que levou as duas para a delegacia.

Na primeira parte do depoimento, as mulheres insistiam que a adolescente havia batido no irmão, mas depois a madrasta confessou que agrediu o menino e a adolescente. A mãe confirma que a companheira bateu no filho e assumiu que as duas juntas agrediram a filha na última quarta-feira (16) por estarem nervosas com a denúncia.

As crianças estão sob cuidados do Conselho Tutelar até a chegada de uma avó materna, moradora da cidade de Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal. Bruna menciona que até às 15 horas desta quinta-feira (17) as mulheres estavam na carceragem da delegacia e em seguida ficarão à disposição do Poder Judiciário.

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