Com privatização da Eletrobras, líder do PT alfineta parlamentar acreano: “Agiu como Pilatos”

Os deputados Alan Rick (DEM), Vanda Milani (Solidaridade) e Mara Rocha (PSDB) votaram, na segunda-feira (21), pela aprovação da Eletrobras, maior empresa de distribuição de energia elétrica do país, que agora pode passar para o capital privado. Dos oitos deputados federais, cinco não votaram com a proposta do governo. O assunto já movimenta as redes sociais.

Flaviano Melo (MDB) não compareceu para votar – nem presencialmente, nem na sessão remota. “Agiu como Pilatos, simplesmente lavou as mãos”, apontou o presidente regional do PT, Cesário Braga, partido que deve se juntar ao Sindicato dos Urbanitários na companha contra os parlamentares que se omitiram ou que votaram a favor. O deputado Leo de Brito (PT) também deixou de votar mas justificou que, na hora da votação, estava a bordo do avião que o levava a Brasília.

Votaram contra a proposta os deputados Jesus Sérgio (PDT) e Perpétua Almeida (PCdoB), cujos partidos compõem o bloco da Câmara Federal de oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Os deputados que votaram a favor da proposta foram taxados de “covardes e sem escrúpulos”, nas palavras de Cesário Braga. “Eles são serviçais dos ricos e poderosos do Brasil! Votaram contra o povo do Acre e a favor da privatização da Eletrobrás e são responsáveis pelos aumentos que teremos na conta de luz! Tão covarde quando foi Flaviano Melo que, como Pôncio Pilatos, lavou as mãos”, disse o dirigente partidário.

A privatização da Eletrobrás foi aprovada por 258 votos – 136 deputados votaram contra. O texto precisava ser votado até terça-feira (22) para que a Medida Provisória não perca a validade. Se não fosse votada, o governo não poderia editar uma nova MP sobre o tema neste ano.

A medida já havia sido aprovada pela Câmara, mas foi alterada pelos senadores e, com isso, precisou ser novamente votada pelos deputados. Agora, a MP segue para sanção presidencial. De acordo com a proposta, a privatização pode reduzir a conta de luz em até 7,36%. Entidades do setor, no entanto, afirmam que a conta de luz vai ficar mais cara porque o texto prevê medidas que geram custos a ser pagos pelos consumidores.

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