Vice-governador fecha gabinete e acusa Gladson de perseguição política

De mudança

O deputado estadual Pedro Longo, líder do governo na Aleac, confirmou que vai sair do Partido Verde logo que a janela partidária esteja aberta, em março do ano que vem. O destino de Longo ainda é incerto, o certo mesmo é que ele vai para um partido da base do governador Gladson Cameli (Progressistas).

Motivo

O principal motivo da saída de Longo do PV é a ida da sigla para o bloco de partidos que vem mantendo conversas para uma possível aliança de oposição ao governo Gladson nas eleições de 22. O bloco atualmente é composto por PT, PCdoB, PSB, Psol e PV.

Vai e vem

O MDB, que já que desembarcou e embarcou novamente na base do governo Gladson, pode estar de saída mais uma vez. O motivo seria uma insatisfação com o governador, que “não teria cumprido os acordos” que foram firmados para o retorno do partido para a base. Se bem que o MDB nunca chegou a ser de fato da base do governo, já que seus deputados estaduais, Roberto Duarte, Meire Serafim e Antônia Sales sempre agiram com independência, e muitas vezes até como oposição.

Desdobramento

E essa insatisfação do MDB com Gladson já deixou marcas. O senador Márcio Bittar, principal articulador do retorno do MDB para a base, jogou a toalha. Chateado com o partido e com o governador, Bittar não quer mais se envolver nesse imbróglio. O senador deixou nas mãos do deputado federal Flaviano Melo (MDB), presidente regional da sigla, as tratativas entre partido e governo.

Brasileia

Em Brasileia, a votação do Projeto de Lei nº 012, de autoria da prefeitura do município, deu o que falar. A votação, que ocorreu ontem na Câmara de Vereadores de Brasileia, trata de uma suplementação da Assistência Social, para trabalhar diretamente com as famílias carentes do município. Todos os vereadores votaram a favor, menos o vereador Leomar Barbosa (PSD), que votou contra, e a vereadora Neiva Badotti (PSB), que se absteve. O burburinho é porque, segundo correligionários da prefeita Fernanda Hassem, os parlamentares preferiram votar contra o povo, por pura disputa política, do que votar com a razão. Até a hora da publicação desta coluna, não conseguimos contato com os vereadores para saber o motivo do voto contrário e da abstenção, mas caso queiram se pronunciar, a coluna estará aberta para a resposta.

Vacina da discórdia

Gerou polêmica nas redes sociais a vacina contra a Covid-19 que os ex-jogadores Amaral e Aluísio Chulapa receberam quando estiveram no Acre, no último sábado (26). Para os críticos da gestão municipal, por não serem residentes da Capital acreana, os ex-atletas não deveriam se vacinar em Rio Branco.

Resposta

A assessoria da Saúde municipal respondeu que independente de serem moradores ou não de Rio Branco, os ex-atletas poderiam ser vacinados, bastando cumprir os requisitos da faixa etária que estava sendo vacinada na data, o que foi o caso. A ascom lembrou ainda que o Sistema Único de Saúde (SUS) é universal, e por isso, qualquer brasileiro, independente de onde esteja ou onde more, pode ser vacinado, contanto que cumpra as regras locais de grupos e/ou faixa etária.

Na Aleac

Os deputados estaduais aprovaram hoje a mini reforma administrativa enviada pelo Executivo na última segunda-feira (28). A reforma previa a extinção de 10 cargos de CEC 1 e acrescentava outros dois, que juntos vão custar quase R$ 40 aos cofres do Estado. A reforma vai mudar também o nome da Sema para Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi) e a ida do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) para o comando da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra).

Na Aleac 2

Também nesta quarta-feira (30), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Aleac derrubou o veto parcial do governo ao projeto de lei que permite a contratação temporária de médicos formados no exterior enquanto durar a pandemia de Covid-19. A proposta é de autoria do deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) e segue agora para a sanção do governador, para que, finalmente, se torne lei.

Fechado

Depois do abraço, o contra-ataque. Se na última segunda (28), durante a cerimônia de entrega de máquinas pesadas para o Deracre, houve até abraço entre Gladson e o vice-governador, Wherles Rocha, hoje a situação voltou ao normal, com a tensão de sempre. O vice, que já havia prometido fechar o gabinete por falta de pessoal, estendeu uma faixa vistosa na fachada do prédio que ocupava com os dizeres: “Gabinete do vice-governador: fechado por perseguição política após denunciar casos de corrupção no Governo do Estado do Acre”. Pelo visto, essa briga tá muito longe de ter um fim.

Nada contra

O governador Gladson Cameli garante que nem o governo e nem ele tem nada contra o vice. Dessa forma, a decisão de fechar o gabinete é única e exclusiva de Rocha.

Transporte público

O Projeto de Lei que a prefeitura de Rio Branco quer propor para reduzir o preço da passagem de ônibus foi alvo de críticas por parte do vereador Emerson Jarude (MDB). Em uma postagem nas redes sociais, o vereador acusa o prefeito da Capital de tentar, pela segunda vez, “injetar dinheiro público nas empresas de transporte coletivo. Agora com uma nova roupagem”. Para o vereador, a solução para resolver de uma vez os problemas do transporte público na Capital é “abrir a caixa preta e iniciar um edital para trazer novas empresas”.

 

 

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