O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta 6ª feira (23.jul.2021) que apresentará em uma live as supostas provas de fraude nas eleições de 2014. Para a apoiadores, o chefe do Executivo que também deve apresentar evidências de “inconsistências” nas eleições de 2018, em que foi o vencedor.
O presidente indicou que deve fazer a apresentação em sua tradicional live de toda 5ª feira. Antes, o presidente havia anunciado que iria apresentar as provas e convidar a imprensa.
“Ontem foi bom, gostou [da live] de ontem? Vocês vão gostar da próxima, vou juntar com a apresentação das inconsistências de 2014 e 18 por ocasião das eleições”, disse para um grupo de apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada.
Com a apresentação da tese de fraude o presidente espera reforçar a defesa pelo voto impresso. Na live da última 5ª feira (22.jul), o presidente afirmou que as eleições são uma questão de “segurança nacional“. Ele também afirmou que convidaria a imprensa para a apresentação das supostas provas.
“Nós vamos demonstrar na 5ª feira [29.jul]. A gente vai convidar a imprensa, vamos decidir o horário ainda, para demonstrar o que aconteceu no segundo turno de 2014, e também parte do que aconteceu em 2018. Que dá para você ter mais que o sentimento, a convicção que houve, sim, interferência, em 2014, e houve, sim, interferência em 2018″, disse na 5ª feira (22.jul).
A primeira vez que o presidente colocou em dúvida os resultados das eleições que ele próprio venceu foi em 9 de março de 2020. Na ocasião, Bolsonaro disse que apresentaria “brevemente” provas de que teria vencido o pleito no primeiro turno.
Desde então, o presidente não havia apresentado as provas citadas. Nesta semana, marcou um dia para fazê-lo, a próxima 5ª feira (29.jul). Inicialmente, o foco seria o segundo turno das eleições de 2014, mas o presidente também citou que pode mostrar algo relacionado ao pleito de 2018.
O presidente intensificou o discurso sobre fraude nas urnas eletrônicas a partir da tramitação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) sobre o voto impresso. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nega que os equipamentos sejam fraudáveis.