Acre é único estado em alta nos casos de síndromes respiratórias graves, diz Fiocruz

O Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que apenas o Acre apresenta probabilidade de alta nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG).

Apenas 7 das 27 capitais apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo, são elas: Rio Branco, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Porto Velho e Rio de Janeiro. Entre estas capitais, o boletim acende o alerta a Capital acreana e Porto Alegre, as duas apresentam sinal forte de crescimento nas tendências de longo prazo.

Além disso, segundo os indicadores de transmissão comunitária, Rio Branco está entre as capitais com nível muito alto.A transmissão comunitária do vírus significa seu contágio entre membros de uma mesma população, sem depender de viagens ou da chegada de pessoas contaminadas vindas de outros locais.

“Essa situação manterá o número de hospitalizações e óbitos em patamares altos, com tendência de agravamento nas próximas semanas, caso não haja nova mobilização por parte das autoridades e população locais”, afirma o coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes.

Os quadros graves de síndrome respiratória têm sido acompanhados por pesquisadores como um parâmetro para indicar a evolução da pandemia de covid-19, já que 96% dos casos positivos para vírus respiratórios foram causados pelo SARS-CoV-2.

Em nível nacional, os caso de SRAG têm sinal de queda na tendência de longo prazo (últimas seis semanas) e sinal de estabilidade na tendência de curto prazo (últimas três semanas). Todas as unidades contam com pelo menos uma macrorregião de saúde com nível de transmissão comunitária alto ou mais elevado. Dez das unidades registram uma macrorregião de saúde com transmissão comunitária em nível extremamente alto.

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