Sem líder
Desde que assumiu a Prefeitura de Rio Branco, no início do ano, o prefeito Tião Bocalom (Progressistas) nunca indicou um líder do governo municipal na Câmara de Vereadores da Capital. A ausência de um líder, inclusive, tem sido motivo de reclamação de alguns vereadores, que dizem não ter no parlamento municipal alguém que leve as demandas dos vereadores para o prefeito.
Por opção
De acordo com o prefeito, em recente entrevista ao ContilNet, a não apresentação de um nome como seu líder na Câmara é por opção. Bocalom justifica que está fazendo algo inédito, que é dialogar com todos os vereadores, e por isso não vê a necessidade de indicar um líder. Segundo o prefeito, isso não significa que vai ser assim até o fim do mandato: “Quem sabe mais pra frente?”
Pacotão
O prefeito da Capital reconheceu que ainda tem muita coisa pra fazer no município. Bocalom garantiu que a situação dos camelôs será resolvida, e que os únicos quiosques que ficarão em uso, são os de estrutura fixa do Calçadão, que serão reformados. O Shopping Popular abrigará todos os outros. Outro anúncio feito pelo mandatário foi a reforma do mercado Elias Mansour, que terá dois andares e vai se transformar em um mercado modelo, como os que existem em outros estados.
Gestão
Em apenas um semestre, Bocalom disse que a Prefeitura já economizou mais de R$160 milhões dos cofres públicos, e voltou a repetir que vai baixar a passagem de ônibus. O prefeito disse que o transporte público é um dos grandes problemas da Capital mas vai solucionar, “vai ser resolvido”, garantiu. Sobre a Educação, disse que vai fazer a reposição salarial e o Plano de Cargos e Carreira para os professores e os outros profissionais da educação. De acordo com o prefeito, há servidores (como merendeira, faxineira, etc) que ganham menos que um salário mínimo. Ele prometeu que vai resolver essa situação o mais breve possível.
Bom pra democracia
Se ontem, o senador Sérgio Petecão (PSD) disse que gostou de ver mais um nome colocado para a disputa do Governo do Estado, a do deputado Jenilson Leite (PSB), hoje o governador Gladson Cameli (PP) foi na mesma linha, disse que é bom para a democracia que vários nomes se coloquem para a disputa e que “não subestima a candidatura de ninguém”.
Não inviabiliza
Um petista de carteirinha e muito bem relacionado dentro do partido me relatou hoje que a candidatura de Jenilson ao Governo do Estado não inviabiliza que o ex-senador Jorge Viana (PT) também dispute o Executivo. Segundo ele, seria completamente possível duas candidaturas ao Governo no campo progressista, ou ainda, como há muita água pra rolar, que lá na frente as candidaturas se unam em apenas uma.
Voto impresso
Ontem, em visita ao Acre, o ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso, defendeu o voto na urna eletrônica e se posicionou contra a campanha do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) pelo voto impresso. Hoje, o vice-governador do Acre, o major Rocha (PSL), fez a defesa do voto impresso e criticou Barroso em suas redes sociais. “Achei interessante o Ministro Barroso afirmar que ‘certamente haverá’, o que ele chamou de inconsistência e que, na verdade, seria uma diferença entre os votos impressos e eletrônicos. Penso que essa diferença não deveria existir em um sistema ‘infalível’. Tal afirmação só reforça, no meus ponto de vista, a necessidade de termos a segurança de outro sistema auditável através do voto impresso”.
Ainda é cedo
O pré-candidato ao Governo, Jenilson Leite, disse que ainda é cedo para discutir como vai ficar sua chapa. O deputado quer aguardar as definições sobre a questão da Federação – uma espécie de coligação, que exige que os partidos cumpram as alianças em todas as esferas: nacional, estadual e municipal -, que deve ser votada pela Câmara Federal em agosto. Só depois disso é que as discussões sobre a aliança de partidos que devem formar sua chapa, o nome do seu vice e dobradinha para o Senado devem avançar.
Ansiosos
Quem também aguarda com ansiedade a definição sobre a Federação é o PCdoB. Com uma deputada federal, Perpétua Almeida, e um deputado estadual, Edvaldo Magalhães, os comunistas torcem que a Federação seja aprovada, para disputarem com mais chances a renovação dos mandatos. Sem a Federação a tarefa é quase impossível, já que a chapa tem que ser puro sangue, sem coligação. Pra atingir um quociente eleitoral que eleja ao menos um parlamentar em cada Casa, é necessário montar chapas fortíssimas. Outra alternativa boa para o partido seria a aprovação do Distritão, onde os mais votados se elegem. Mas é pouco provável que seja aprovado, a ideia enfrenta resistência em Brasília.
Plano B e C
Caso a Federação não seja aprovada, há duas alternativas para os comunistas do Acre. A primeira é mudar de partido, como já fizeram o governador do Maranhão, Flávio Dino, e o deputado Jenilson Leite, um pouco antes, migrando para o PSB. O Partido Socialista é a principal alternativa para os comunistas por ter uma aliança consolidada nacionalmente, sendo o principal alvo do PCdoB para a formação da Federação e até ter sido cogitada uma fusão entre as siglas. Fora isso, por ter uma boa representação na Câmara Federal, a ida para o PSB pode ampliar o tempo de TV e acesso ao Fundo Partidário dos comunistas. A segunda alternativa é arriscar tudo numa candidatura majoritária, já que as proporcionais passariam a ser candidaturas olímpicas, com poucas chances de vitória. Para o Governo do Estado a situação é bem complicada, mas para o Senado, um nome como o de Perpétua Almeida é sempre competitivo.
Concurso
A boa notícia do dia veio da boca do governador Gladson Cameli, que afirmou que ainda esse ano, quer lançar o edital do primeiro concurso do seu governo. Segundo Cameli, ele só está aguardando o equilíbrio da Lei de Responsabilidade Fiscal para lançar o edital dos concursos. “Os certames terão vagas para diversas secretarias e quero realizá-los no início de 2022”, cravou.
No Sul
Em viagem à Região Sul do país, o ex-presidente da Aleac, Ney Amorim (Podemos), se reuniu com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD) na última quinta (29). Amorim, que é presidente do Podemos no Acre, deve disputar uma vaga para deputado federal nas eleições do ano que vem, e segundo ele, o encontrou foi “um momento importante para trocar impressões sobre o serviço público e o ambiente político nacional”. Uma das principais lideranças nacionais do Podemos, o senador Álvaro Dias, também é do Paraná. No entanto, Ney Amorim não divulgou se encontrou o ex-candidato à presidência de República.