Petecão diz que pesquisa que colocou Gladson na liderança da corrida eleitoral é uma “verdadeira fraude”

É fraude

Com números muito aquém do esperado na pesquisa divulgada ontem pelo Instituto Real Time Big Data, o senador Sérgio Petecão (PSD) não titubeou quando questionado pela coluna sobre sua avaliação do resultado: “Uma verdadeira fraude”. De acordo com a pesquisa, Petecão tem 13% da preferência dos eleitores para a disputa do Governo do Estado, enquanto o governador Gladson Cameli (Progressistas) tem 62%.

Tranquilo

Apesar do resultado da pesquisa mostrar uma grande diferença entre Gladson e Petecão, o senador, que está em viagem pelo interior do estado, disse que está tranquilo. “Esse filme da pesquisa eu assisti na campanha do Bocalom. Eu tô muito tranquilo, eu tô aqui no Novo Porto, no Jordão, na cabeceira do Rio Muru, aqui o pessoal não sabe nem quem é Gladson”, disparou.

Muita água

Ainda há muita água pra rolar daqui até o dia das eleições do ano que vem. Ainda faltam ser definidas as alianças, as chapas majoritárias e proporcionais ainda precisam ser montadas, e muita gente ainda pode pular de um barco pra outro. Cada movimento desse conta muito, tudo pode definir uma eleição. O certo é que pesquisa é um indicativo, mas sozinha não garante a vitória de ninguém.

Voto impresso

O Plenário da Câmara dos Deputados rejeitou, na noite de ontem, a PEC do Voto Impresso (Proposta de Emenda à Constituição 135/19), uma das principais bandeiras do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Foram 229 votos favoráveis, 218 contrários e 1 abstenção. Como não atingiu o mínimo de 308 votos favoráveis, o texto foi arquivado. Dos oito deputados acreanos, cinco votaram favoráveis à PEC: Alan Rick (DEM), Vanda Milani (SDD), Mara Rocha (PSDB), Jéssica Sales (MDB) e Jesus Sérgio (PDT). Contra a PEC votaram os deputados Léo de Brito (PT) e Perpétua Almeida (PCdoB). O deputado Flaviano Melo (MDB) não votou, mas sempre deixou claro seu posicionamento contra a proposta do voto impresso.

Punição

O voto a favor da PEC pode gerar punição para quem votou diferente da orientação de seu partido. O PDT, do deputado Jesus Sérgio, que orientou pelo voto contrário à PEC, disse que pretende resolver a questão dos “rebeldes” internamente. Como não houve fechamento de questão, uma punição mais severa está descartada. Já o PSDB de Mara Rocha quer punir os deputados indisciplinados com a diminuição de recursos para o financiamento das campanhas eleitorais do ano que vem. No entanto, a punição não deve atingir a deputado, que só está esperando a janela partidária abrir para mudar de sigla.

Cassada

Ocorreu hoje, no Plenário da Câmara Federal, a votação da cassação do mandato da deputada Flordelis (PSD/RJ), acusada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de ser a mandante do assassinato do marido, o pastor Anderson do Carmo, em junho de 2019. Foram 437 votos favoráveis, 7 contrários e 12 abstenções. Os oito deputados acreanos votaram pela cassação da agora ex-deputada.

Sistema eleitoral

Depois da PEC do voto impresso, que foi derrubada ontem, hoje é a vez dos deputados votarem o “distritão” e a volta das coligações. Por se tratar de uma mudança na constituição, são necessários dois turnos de votação com ao menos 308 votos a favor. O modelo do distritão elege apenas os candidatos mais votados, mesmo na disputa proporcional, e já foi discutido e rejeitado pela Câmara duas vezes: em 2015 e 2017. Já as coligações foram extintas em 2017, mas só passou a valer em 2020. A discussão deve varar a noite.

Como votam os acreanos

Dos oito deputados federais da bancada acreana, devem votar contra o distritão Leo de Brito (PT) e Flaviano Melo (MDB). Os deputados Alan Rick, Mara Rocha e Jesus Sérgio, devem votar a favor. Já a deputada Perpétua Almeida (PCdoB) vive um dilema, ela é a favor de um outro sistema, a “federação” – que mantém a proporcionalidade dos votos e retorna com as alianças, só que de forma mais rígida -, porém, deve votar a favor da proposta que envolve o distritão para que o debate sobre a federação possa prosperar. As deputadas Jéssica Sales e Vanda Milani (SDD) não se posicionaram sobre o assunto.

Igesac

Na Aleac, uma das principais discussões desta quarta foi a extinção do Instituto de Gestão de Saúde do Acre (Igesac), antigo Pró-Saúde. A proposta, enviada pelo poder Executivo, preocupa os deputados da oposição pois não há garantias da manutenção dos empregos dos servidores do instituto. Os deputados Edvaldo Magalhães (PCdoB) e Jenilson Leite (PSB) querem a presença de representantes da Procuradoria-Geral do Estado, Secretaria de Saúde e sindicatos, para debater o tema amplamente. O líder do governo na Casa, Pedro Longo (PV), disse que o governo está aberto ao diálogo e disposto inclusive a retirar a proposta, se for para salvar os empregos.

Volta às aulas

Um comitê de acompanhamento de retorno às aulas da rede estadual de ensino foi criado nesta quarta-feira pelo governador Gladson Cameli. O comitê será composto por três representantes da Secretaria de Educação (SEE), por três membros da Sesacre, um membro do Ministério Público Estadual (MPAC), um membro do Conselho Estadual de Educação (CEE) e um do Conselho de Diretores de Escolas Públicas (Codep). Ao comitê cabe orientar e monitorar o processo de retorno das aulas presenciais e avaliar as ações e medidas implementadas.

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