(A)gosto Delas: confira tudo sobre estreia de exposição coletiva feminina, no último domingo, em Rio Branco

Neste último domingo (15), a exposição “(A)gosto Delas” teve estreia marcada por um grande público no Memorial dos Autonomistas, em Rio Branco. O vernissage contou com momentos de música, muitos visitantes e um coffee break. A exposição traz visibilidade para mulheres no cenário artístico-cultural do Acre e dá oportunidade às artistas compartilharem as experiências e vivências através da arte.

“Acho que sempre é importante dar espaço para que artistas exponham seus trabalhos, para permitir que a arte alcance o público. Ainda mais nesse caso que prestigia as artistas mulheres, que infelizmente a gente nota a presença desigual em vários meios até hoje. Me sinto honrada por ter sido lembrada e convidada, por ter a oportunidade de mostrar minha música”, afirma a cantora Duda Modesto.

A artista VandSmile finalizando o painel com grafite. Foto: Maria Fernanda Arival

Algumas das formas de arte que estão na exposição são música, fotografia, escultura, pintura, bordado e string art, técnica que consiste em passar a linha em pregos para formar um desenho. O Governo do Acre teve a iniciativa de realizar a exposição, através da Fundação Elias Mansour (FEM), com a curadoria da Usina de Arte João Donato.

“Embora muitas mulheres tenham desempenhado importantes papéis no desenvolvimento de movimentos artísticos, continuam sendo postas, de certo modo, na sombra do protagonismo masculino. A diminuição dessa assimetria na relação com artistas homens ganha força quando são abertos espaços de representação da arte das mulheres, seja em livros, nas galerias, museus, em praças, no palco, nas telas do cinema e em outros meios artísticos”, escreve uma das curadoras da exposição, Simone Pessoa.

De acordo com Simone, a ideia surgiu de outra exposição coletiva que a Fundação Elias Mansour já havia realizado em março de 2020, chamada Nas(ser) Mulher. “A ideia é dar visibilidade às mulheres, porque nós que estamos na área da cultura, entendemos o quanto a mulher sempre esteve, na história da humanidade, excluída. A mulher que é artista, produz e o nome não aparece, acaba sendo invisibilisada”.

“O vernissage foi maravilhoso. Nós tivemos um público grande e as pessoas vieram ver, ouvir, conhecer e interagir, pois algumas obras são interativas. Recebemos famílias, crianças e o público ainda está com um pouco de receio por conta da pandemia e das restrições, mas tivemos um público de aproximadamente 60 pessoas até o momento, mas fica aberta até o dia 31 de agosto e as pessoas podem vir em dias e horários diferentes para conhecer”, afirma Simone.

Período de visitação vai até 31 de agosto, no Memorial dos Autonomistas. Foto: Maria Fernanda Arival

“A exposição é muito imersiva e interativa, eu consegui me conectar com as artistas por meio das suas obras, das suas histórias. As pessoas aqui no estado são sedentas por arte, a estréia estava lotada e eu pude testemunhar esse desejo das pessoas e meu também de querer consumir a arte local, de apreciar, incentivar e apoiar. Foi uma experiência incrível ver o trabalho daquelas 23 mulheres e me sentir conectada com cada uma de alguma forma. Eu provavelmente vou voltar lá com mais calma para admirar novamente o trabalho daquelas artistas enquanto a exposição durar”, afirma Luana Dourado, estudante de jornalismo.

Participam da exposição: Allana di Souza, Alessandra Dutra, Beatriz Bentes, Bell Paixão, Bruna Duarte, Dani Mirini, Duda Modesto, Ellen Pitta, Fany Dimytria, Hanna Araújo, Hannah Lydia, Heide Genifer, Hellen Lirtêz, Isabel Darah, Kétila Flor, Laélia Rodrigues, Lara de França, Lira Montes, Marina Bylaardt, Nattércia Damasceno, Rafaela Zanatta, Rosilene Nobre, Simone Pessoa e VandSmile.

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