Lúcidas e cheias de histórias para contar, irmãs de 102 e 93 anos vencem a Covid

As irmãs, de 102 e 93 anos, estavam em casa, em Guia Lopes da Laguna, na região sudoeste do estado, quando a insistente tosse começou a dar sinais de que algo poderia estar errado.

Em seguida, a médica foi até o local e realizou o teste, apontando que, não só elas como os demais moradores da casa estavam infectados pelo novo coronavírus.

A D. Joana Ferraz, que é a mais velha, precisou ser levada para o hospital da cidade e ficou internada por sete dias, no mês de julho deste ano. Já a D.

Auta Corrêa Martinez fez o tratamento em casa. Ambas tinham tomado a primeira e segunda dose da vacina contra a Covid e acreditam que, por isso, a doença se manifestou de forma mais leve.

“A D. Auta é a minha sogra. Sou eu quem cuido dela, juntamente com o meu marido e um outro senhor que mora conosco há muitos anos. Ela é cadeirante, tem diabetes, hipertensão e é obesa, então, nós ficamos bem preocupados, mas, graças a Deus ela superou”, afirmou ao G1 a dona de casa Maria Cecília Ludovico, de 67 anos.

Irmãs ao lado da família em Guia Lopes da Laguna (MS) — Foto: Maria Cecília/Arquivo Pessoal

Irmãs ao lado da família em Guia Lopes da Laguna (MS) — Foto: Maria Cecília/Arquivo Pessoal

Segundo Maria Cecília, as irmãs são muito conhecidas na cidade, tanto pela lucidez como pelas histórias que contam aos moradores da região.

“Elas possuem uma vontade muito grande de viver. A D. Joana, que é conhecida aqui como Joaninha, fica na cama por conta de problemas nos membros inferiores, só que a memória dela é excelente. As duas são pessoas iluminadas, que deixam saudades por onde passam”, falou.

Prestes a completar 103 anos, Joaninha disse que “está bem” e ainda pretende viver mais. Professora na área rural por muitos anos, ela perdeu o marido e então foi morar com a irmã em Guia Lopes da Laguna, onde ajudou a criar os sobrinhos, já que não teve filhos.

Já a D. Auta, também viúva, brincou que “ficou meio atrapalhada, meio surda após a Covid e agora tem 72 anos”.

“Estou querendo ficar mais nova, falando até a idade errado. Acho que ficou com um pouco de sequelas, mas, estamos bem. Eu e minha irmã estamos lutando e espero viver bastante. O bom é que já criei os meus cinco filhos”, finalizou.

Irmãs no momento em que receberam a vacina contra a Covid-19 em MS — Foto: Montagem/G1 MS

Irmãs no momento em que receberam a vacina contra a Covid-19 em MS — Foto: Montagem/G1 MS

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