Sucuri gigante ‘mostra língua’ ao ser flagrada por documentarista da natureza em águas cristalinas

Uma sucuri gigante de aproximadamente 6 metros de comprimento, “mostrou língua” ao ser flagrada por um documentarista de natureza, em um rio de água cristalina, em Bonito, município que conquistou por 16 vezes o título de “Melhor Destino de Ecoturismo” do Brasil(Assista o vídeo CLICANDO AQUI).

O flagrante feito pelo documentarista e também fotógrafo mineiro, Cristian Dimitrius, foi no último sábado (28) e teve o apoio de Juca Ygarapé, um expert quando se trata em localizar o animal.

Ao G1, o profissional com especialidade em registrar a vida selvagem, também explicou que no local na qual escolheu para mergulhar, é um ponto ideal com uma grande previsibilidade para encontrar as sucuris.

“Eu mergulho em Bonito desde de 2007. Quando a gente cai na água e vê o bicho, não sabemos como ele vai se comportar. Geralmente ele foge, mas este flagrante, a sucuri decidiu entrar debaixo de uma galhada e por ali ficou pendurada”, relembra.
Cristian tem 46 anos e viajou em torno de 60 países documentando a vida selvagem na qual iniciou a carreira fotografando debaixo d’água: “hoje eu faço qualquer ambiente natural: gelado, água, rio, mar , terra. Tendo bicho envolvido estou dentro”, explicou.

Cristian conta que no momento que conseguiu fazer o flagrante na qual a cobra “encara” a câmera, seria justamente porque o animal não tem uma visão boa e por isso utiliza a língua para sentir o ambiente:

“Elas usam uma espécie de receptores da língua e por isso a impressão de que estava mostrando-a para a câmera. Ela estava tentando entender o que era aquilo na frente dela e a gente só admirando e filmando ali”, ressalta. 

Sucuri gigante em rio de Bonito (MS) — Foto: Cristian Dimitrius/Foto

Sucuri gigante em rio de Bonito (MS) — Foto: Cristian Dimitrius/Foto

Ainda de acordo Dimitrius, a posição na qual o animal estava, proporcionou um registro fantástico: “Estava tudo combinando e perfeito para conseguir a imagem. Ela [sucuri] estava parada e enrolada no nos galhos – olhando de frente para câmera”, conta.

Conforme o documentarista, a sucuri, que se tratava de uma fêmea, estava com os olhos roxos e a explicação para o tom da cor, seria a troca de pele:

“Quando ela está nesse processo, até a pele que cobre os olhos vão juntos – por isso a coloração. Então a pele começa e se descolar e neste caso, a sucuri estava usando os galhos para criar um atrito para a retirada da pele antiga”, explicou.

O profissional ainda ressalta que quanto aos flagrantes, sua missão de vida é fazer com que as pessoas se apaixonem pelo “nosso” planeta, através de suas imagens, criando assim um desejo maior para a conservação e o conhecimento, finalizou.

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