O que mudará no Brasil no pós super manifestação de 7 de setembro? Provavelmente nada. Ocorre que, com o poder dado às minorias, há muito tempo que a maioria não tem vez e nem voz. Os exemplos saltam aos olhos. De que adianta alguns milhões irem para as ruas, pedindo democracia, se a única “democracia” que vale é a imposta pela esquerda e por seus aliados, como as lideranças do Congresso e, principalmente, de dez dos onze ministros do STF, que declararam guerra a todos os que com eles não concordam? Há longos meses, engavetado na mesa do presidente do Senado, o rondoniense Rodrigo Pacheco, dormita um abaixo-assinado com nada menos do que três milhões de assinaturas, pedindo a abertura de um processo de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes.
Contra ele, são as maiores acusações de desrespeito à Constituição e do direito à opinião. Pacheco, espertamente, já que é um dos que respondem a processos no Supremo, faz de conta que o pedido de três milhões de brasileiros não tem qualquer valor. Pensa como ele, aliás, a grande maioria dos senadores. Durante parte de 2020 e nos vários meses de 2021, o atual Presidente da República foi às ruas, acompanhado por multidões. Mas são seus adversários, os que temem andar no meio do povo, quem lideram pesquisas de opinião, essas mesmo que ignoram que o governo Bolsonaro é popular e apoiado por ampla maioria da população. Qualquer investigação séria mostraria que uma pesquisa que coloca Lula com mais de 50 por cento de intenções de voto e Bolsonaro com menos da metade, é completamente absurda. Mas a esquerda tudo pode. Tem o apoio do STF, de vozes importantes do Congresso, onde quem não tem processo (que não andam, é claro!) é exceção e da grande mídia, alijada das verbas públicas pelo atual governo.
Para que servirá, então, a mobilização da terça-feira? Mesmo que ela seja poderosa, mesmo que reúna milhões de pessoas, mesmo que sejam dados todos os recados a quem deve recebê-los, infelizmente, nada vai mudar. A estrutura criada para dominar o país, de cima para baixo, não será mudada apenas pelo barulho das ruas. Medidas mais drásticas, que, se espera, jamais sejam tomadas, seria um dos poucos caminhos para recolocar o Brasil nos eixos, acabar com a ditadura que querem nos impor e nos colocar no verdadeiro caminho democrático, onde o que vale é a decisão da ampla maioria.
O Brasil está andando por caminhos tortuosos e nem a mobilização de 7 de setembro terá forças para mudar, apenas com discursos e palavras, o túnel da ditadura, com ares venezuelanos, que estão nos impondo. A conclusão é de que não importa quantos brasileiros irão ao protesto desta terça, pouca mudança haverá. Arraigados no poder e em suas crenças, os que querem que apenas a “democracia” deles prevaleça, não aceitarão a voz do povo, como, aliás, não aceitaram até agora a surra nas urnas que levaram, em 2018. Pobre do nosso Brasil!
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