A Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar 2019 (PeNSE 2019) com dados sobre o Acre foi divulgada nesta segunda-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os dados apontam que cerca de 15,2% dos escolares de 13 a 17 anos alguma vez na vida foram tocados, manipulados, beijados ou passaram por situações de exposição de partes do corpo contra a sua vontade.
“Tais casos de abuso sexual foram bem mais frequentes entre as meninas (19,4%), com taxa de quase duas vezes maior do que a observada para os meninos (10,8%). Na rede privada, houve mais relatos desse tipo de violência (16,4%) do que na rede pública (15,1%). Os alunos da região Norte mostraram maior incidência desse tipo de violência (17,1%), com o maior percentual no Amapá (18,2%)”, diz um trecho da pesquisa.
Entre os escolares que sofreram abuso sexual, 28,6% apontaram o (a) namorado(a) como o agressor; 24,9% apontaram amigo(a); 18,9%, um desconhecido; 17,4%, outros familiares; 14,8%, outras pessoas; e 7,4%, pai, mãe ou responsável.
Casos de estupro foram informados por 9,9% das meninas e 5,2% dos meninos
Cerca de 7,6% dos escolares foram obrigados a ter relação sexual contra a vontade. Entre os meninos, o percentual foi de 5,2% e, entre as meninas, de 9,9%. Os casos foram mais elevados entre os alunos da rede pública (7,7%) do que da rede privada (4,6%). Em 73,1% dos casos de relação sexual forçada, o aluno tinha 13 anos ou menos quando ocorreu a violência.
Para esse tipo de agressão, o(a) namorado(a) (23,1%) e outra pessoa da família (16,5%) foram os principais autores apontados. Mas desconhecido (22,0%), amigo (22,9%), outra pessoa (15,5%) e pai, mãe ou responsável (12,2%) tiveram percentuais também relevantes.