Luciana Lima, viúva de Domingos Montagner (1962-2016), abriu o jogo sobre os cinco anos da morte do ator. O artista faleceu aos 54 anos de idade após cair no rio São Francisco durante folga das gravações de Velho Chico, da Globo.
“Nós crescemos muito como núcleo familiar, ficamos ainda mais próximos e hoje é muito lindo vê-los (filhos) seguindo a vida”, declarou ela em entrevista o F5. Do relacionamento, eles tiveram Leo, Antonio e Dante, que tinham, na época, 13, 9 e 5 anos, respectivamente.
Luciana Lima seguiu: “A gente não conseguia pensar como seria dali para frente. E começamos a viver um dia de cada vez para não ficar tão pesado quando fôssemos pensar no futuro. Os amigos, os familiares, a escola e a rotina tiveram um papel fundamental para retomarmos a vida e começar a ressignificar tudo à nossa volta”.
Nas redes sociais, vários famosos prestaram homenagem ao ator, que na época da morte dava vida ao protagonista de Velho Chico. “Pra sempre nos nossos corações. Saudade”, escreveu Lucy Alves. “Sempre!”, comentou Paloma Bernardi na publicação da artista.
Recentemente, Danilo Dal Farra fez uma revelação sobre o saudoso Domingos Montagner. Em entrevista à colunista Patrícia Kogut, o intérprete de Borges, policial corrupto e braço direito do personagem de Alexandre Nero, contou que foi grande amigo de Domingos e conversou com Luciana Lima, sua viúva, sobre comparações.
Assim como Domingos, Danilo também fez carreira no circo e só começaram na TV aos 40 anos: “Domingos teve uma carreira legal nesse sentido de misturar diferentes tipos de arte, de trazer um público novo que nunca tinha ido ao circo nem ao teatro. Tínhamos muitas conversas neste sentido. Sinto que quem segue essa linha tem legitimidade”.
“Na minha opinião, os artistas mais engajados no sentido da arte e da troca têm um pé atrás para trabalhos grandes e comerciais. E ele conseguia ser uma figura forte artisticamente, com sua formação artesanal, e que ao mesmo tempo via essa ampliação de público“, afirmou ele.
O ator ainda declarou: “Ele gostava de fazer TV e acho que encaixou muito bem esse bate-bola de teatro, TV e circo se alimentando. Foi rico. Conversávamos sobre a importância de entrar na TV e manter a cabeça no lugar; de fazer arte e não esquecer o verdadeiro lugar do artista, de carregar essa bagagem junto”.