Na última quarta-feira, 6, após uma reunião na prefeitura de Assis Brasil, o Governo por meio da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), prestou visita a Casa de Passagem Otonoel de Souza M. Oliveira, onde todo dia recebe migrantes de diversos países. Na ocasião, havia pessoas do Equador, Venezuela e Colômbia.
A coordenadora do abrigo, Gesiana Alves dos Santos, relata que os migrantes chegam sempre em grupos, buscando abrigo temporário por tempo suficiente para a retirada de seus documentos.
Um dos serviços que o abrigo auxilia é o pré-cadastro no Sisconare, um sistema de tramitação de processos de refúgio no Brasil. Por meio da plataforma, aquele que busca refúgio registra suas informações, preenchendo o formulário de solicitação de reconhecimento da condição de refugiado.
“A maioria dos migrantes chega com um destino em mente, alguns ficam no Brasil mas muitos desejam ir para outros países”, aponta Gesiana. Um exemplo disso é Alejandra, que estava abrigada na casa de passagem no momento da visita. Vinda do Equador, junto de seu filho, aguarda a conclusão de seu registro migratório para prosseguir viagem para o Rio de Janeiro, estado que reside um amigo e que conhece superficialmente através de filmes.
Jaqueline Amorim e Diego Carvalho, membros da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), acompanham a Secretaria de Estado de Assistência Social, de Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM), na viagem pelo Alto Acre supervisionado e antecipando o que pode ser melhorado referente ao fluxo migratório.
Ambos fazem parte da coordenação de análise de migrações e acompanham o Brasil inteiro produzindo relatórios e realizando pesquisas que auxiliam outras instituições quanto a temáticas voltadas à migração. “É uma satisfação visitar uma localidade que é seu objeto de estudo, faz toda a diferença. Você pode ler sobre, estudar e ver diversas imagens, mas não vai ser tão impactante quanto realmente conhecer a realidade dos que trabalham com a migração no seu cotidiano”, expressa Jaqueline.