Incômodo
Uma suposta lentidão na montagem da chapa para deputados federais e estaduais pelo MDB, para as eleições do ano que vem, tem incomodado o deputado estadual Roberto Duarte, que em 2022 quer subir mais um degrau e disputar uma vaga de deputado federal.
Pode sair
De acordo com o deputado, caso a situação permaneça assim, ele pode sair do partido. “Sairei do MDB se não houver chapa para concorrer a deputado federal ou deputado estadual. O partido, na minha humilde visão, não trabalhou para formar partido ao longo de 2020 a 2021. Se realmente isso acontecer, de não haver chapas, não tenho como permanecer no partido”, disse à coluna.
Brasília
A preocupação de Duarte é porque ele pretende trocar a Aleac pela Câmara Federal, em Brasília, e pra isso, precisa avaliar o cenário em que irá disputar a vaga o quanto antes. “Hoje estou trabalhando para ser candidato a deputado federal, mas tudo de depende de um partido que tenha chapa e de condições de igualdade aos candidatos”, contou.
Plano B
À coluna, o deputado confessou que se não conseguir emplacar a candidatura para deputado federal, vai tentar a reeleição para a Aleac. “Se isso não ocorrer (a candidatura para deputado federal) vou verificar a chapa de estadual e as condições do partido em relação a essa possibilidade”.
Prazo
O prazo estipulado por Duarte para bater o martelo sobre sua situação partidária e eleitoral é o início do ano que vem. “Acredito que tudo se definirá no início de março do próximo ano”.
Outra perspectiva
Se por um lado, o do deputado Roberto Duarte, existe uma preocupação com a montagem das chapas, por outro, o do vereador Emerson Jarude, o MDB está se preparando para, no mínimo, eleger a mesma quantidade de parlamentares que colocou na Aleac na última eleição: três.
Aleac
Jarude inclusive tem pretensões de ser um desses três felizardos. Apesar de não cravar que vai ser candidato em 2022, esse parece ser o caminho natural. “Estamos completando 5 anos na função de vereador. Fizemos muito durante esse tempo. Tenho buscado escutar meu eleitor e a população acreana. Em fevereiro iremos decidir se disputaremos as eleições do ano que vem”, afirmou.
Repeteco
Ainda segundo o vereador, o cálculo do partido, que pretende eleger no mínimo um trio para a Aleac, foi traçado por uma comissão, que foi formada pelos dirigentes da sigla para a montagem das chapas em 2022. Vale lembrar que na eleição de 2018 o partido não só elegeu o mesmo número de deputados, três, como foram os três mais votados do pleito. Meire Serafim, Roberto Duarte e Antônia Sales foram os campeões de votos para a Assembleia Legislativa.
Histórico
O MDB, inclusive, tem um bom histórico em transformar vereadores da Capital em deputados estaduais. Só nas duas últimas eleições, a Câmara Municipal serviu de trampolim para Eliane Sinhasique, que foi eleita vereadora em 2012 e deputada em 2014, e para Roberto Duarte, que foi eleito vereador em 2014 e deputado estadual em 2018. Ao contrário dos dois primeiros, Emerson cumpriu o primeiro mandato completamente, apesar de não ter sido eleito pelo MDB em 2014. Já o segundo mandato, esse sim eleito pelo partido, ele deve cumprir apenas a metade, caso seja eleito para a Aleac, assim como os colegas.
Abono
O governador Gladson Cameli (PP) assinou hoje o projeto de lei que viabiliza o pagamento de um abono no valor de R$ 16.609,00 a 8.580 servidores da Secretaria de Educação do Estado do Acre, entre professores, diretores e coordenadores de escola, totalizando R$ 161 milhões. De acordo com a secretária de educação, Socorro Neri, terão direito ao abono os servidores em exercício nas funções descritas no artigo 61 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. O PL seguirá agora para a Aleac, para avaliação e votação dos deputados estaduais.