Após ser alvo de um ataque hacker que tirou do ar plataformas como o ConecteSUS, o Ministério da Saúde elaborou neste sábado uma página com alternativas para a emissão temporária do comprovante de vacinação contra a covid-19. A principal recomendação dada pelo ministério é procurar o posto de vacinação onde recebeu a primeira ou a segunda dose da vacina para pegar uma segunda via do documento.
Também segundo a pasta, “vários sistemas já foram restabelecidos” e há a expectativa de que outros sistemas estejam disponíveis para a população na próxima semana. O ministério, no entanto, não detalhou quais funcionalidades voltaram a operar.
“O Ministério da Saúde informa que está atuando com a máxima agilidade para reestabelecer os sistemas que foram temporariamente comprometidos com o ataque causado na madrugada desta sexta-feira (10). Vários sistemas já foram reestabelecidos e a expectativa é que os outros sistemas estejam disponíveis para a população na próxima semana”, aifrma o texto.
Alternativas
Para os brasileiros que estão no país, o ministério recomenda procurar o posto de vacinação onde a primeira ou segunda dose da vacina foi aplicada e solicitar a emissão da segunda via da Carteira Nacional de Vacinação, que é válida em todo o território nacional.
Além disso, a pasta ressalta que alguns estados e municípios possuem aplicativos próprios para emissão do Certificado de Vacinação digital: Curitiba, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, São Paulo e Salvador.
Para que está com viagem marcada para o exterior nos próximos dias, o Ministério da Saúde afirma que está “trabalhando em todas as frentes para que todos os brasileiros consigam viajar em segurança”.
O Ministério das Relações Exteriores enviará comunicado aos países que receberão voos oriundos do Brasil informando sobre a indisponibilidade e ressaltando que a carteira de vacinação física poderá ser um dos documentos utilizados.
PF investiga ataque
O ataque hacker tirou do ar plataformas como ConecteSUS — sistema do governo federal plataforma que reúne dados de vacinação, exames e medicação —, LocalizaSUS e Painel Coronavírus.
O caso é apurado pela Polícia Federal (PF). A corporação abriu inquérito e já identificou a conta que invadiu os sistemas do órgão, que reúnem dados sensíveis da população, como CPF, data de nascimento e estado vacinal.
Ao acessarem o site do Ministério da Saúde nesta sexta, usuários se depararam com uma mensagem informando que os dados internos dos sistemas foram copiados e excluídos. Dizia ainda que “50 TB de dados está (sic) em nossas mãos”. A autoria foi assumida pelo LAPSUS$ Group.
No recado, os invasores afirmaram que o site sofreu um “ransomware”. Trata-se de um vírus que sequestra o conteúdo do computador da vítima e cobra uma quantia pelo resgate. Normalmente, os criminosos pedem o uso de criptomoedas para dificultar o rastreamento.
Diante do caso, o governo federal adiou em pelo menos uma semana a comprovação de vacinação para a entrada de turistas no Brasil e a quarentena de cinco dias para não vacinados.