Anunciado pelo Governo no dia 15 de novembro, o aumento para os servidores públicos do Acre pode não ocorrer tão cedo. Isso porque até o momento, a poucos dias do recesso parlamentar, o projeto de lei do Executivo que trata sobre o reajuste não chegou à Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e preocupa os deputados estaduais.
“Até o momento não entrou por parte do poder Executivo nenhuma mensagem que trate do reajuste do índice de perdas inflacionárias dos servidores, o reajuste linear, que é um sentimento e pedido de todos. Então, nesse sentido, é muito importante que o Governo sinalize para essa casa qual sua proposta. É uma discussão que vai ficando cada vez mais intensa e ansiosa a partir do momento que se aproxima o fim do ano parlamentar nessa Casa”, pontuou o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB).
“Sejamos coerentes, transparentes e se diga que as conversas com as categorias continuam e ainda é impossível enviar essa matéria, pois se aguarda o relatório da Lei de Responsabilidade Fiscal, que será publicado em janeiro. Após isso, o Governo vai saber se é possível tratarmos de PCCR e todas as demandas acumuladas, se não for possível, aí o Governo vai enviar o projeto de revisão inflacionária que é o que a Lei permite”, explicou o líder do Governo na Aleac, deputado Pedro Longo (PV).
O deputado Jenilson Leite (PSB) discordou do líder governista e endossou o discurso de Edvaldo. “Não era para chegarmos no fim do ano, depois de tantos debates, sem saber o que fazer. O governador anunciou esse reajuste e é muito ruim finalizar o ano sem essa votação, então destaco que o projeto de lei que concede ao servidor os seus devidos reajustes em função da inflação dos últimos anos já era para estar bem refinado. O Acre tem uma das maiores inflações do Brasil e isso dificultou a vida do acreano, então, era necessário sim que até quinta-feira esse projeto de lei chegasse aqui como sinalização de esperança para 2022”, disse.
Na época do anuncio, o governador Gladson Cameli (PP) disse que ainda não havia um percentual definido, mas que esperava até dezembro fazer este anuncio.
“Isso é um direito dos servidores. Por isso, esta é uma pauta que eu trato com muita tranquilidade e responsabilidade para não criar uma falsa expectativa. Os servidores públicos são verdadeiros guerreiros e eu sou grato a todos eles por tudo que fizeram para salvar vidas”, argumentou na época.