A variação do dólar, que chegou bem próximo de R$ 5,75, está totalmente relacionada às manobras políticas para as eleições do ano que vem, de acordo com analistas ouvidos pela âncora da CNN Daniela Lima.
De acordo com Daniela Lima, uma fonte imponente no mundo financeiro — que já integrou governos — afirmou que o mercado está observando o ministro da Economia, Paulo Guedes, e quer saber qual seu tamanho frente a um governo que parece estar mais conectado com a ala política.
Um exemplo é o Auxílio Brasil. Guedes tentou gerar uma bolsa de até R$ 300 sem fazer dívidas extras. A ala política reforçou que gostaria que fosse de R$ 400.
Além deste ponto, analistas ouvidos por Daniela Lima afirmaram que no final do ano multinacionais costumam fazer retiradas de dólar, o que eleva o valor da moeda. A tensão global com a variante Ômicron também influencia, já que inibe que investidores façam negócios de risco.
A expectativa é de que o dólar chegue a R$ 6 em 2022 e depois estacione em R$ 5,50, após as definições políticas.
Lula e o mercado
Em relação a Lula, o mercado quer que ele sinalize uma ida para o centro, que tenha uma política econômica parecida com a de seu primeiro governo, que teve reformas e controle no câmbio.
Uma questão que está sendo discutida pelos agentes econômicos é se Lula vai voltar rancoroso e buscando vingança contra agentes do governo.
No entanto, trazendo Geraldo Alckmin para perto, a leitura é de que o petista está disposto a trazer um rival para mostrar que a unidade e a reconstrução estão acima de rusgas do passado. O mercado está olhando, por tanto, com “boa vontade” para a chapa.
Veja os possíveis candidatos à Presidência da República em 2022