Treinador exige R$ 800 mil do Cruzeiro por ficar com pé torto após lesão

O treinador de goleiros Leonardo Lopes briga na Justiça contra o Cruzeiro pelo direito a uma indenização de R$ 800 mil, mais pensão vitalícia de R$ 5 mil por mês, sob a acusação de que teve uma lesão de trabalho ao qual o clube teria sido negligente, que piorou com o tempo, deixou seu pé torto e o impede de exercer a profissão.

A ação corre na Justiça de Porto Alegre. Nela, Leonardo – que ficou 10 anos no Cruzeiro, tendo sido demitido no fim do ano passado – alega que sofreu uma lesão no calcanhar esquerdo enquanto executava seu trabalho, em dezembro de 2016. Apesar do ferimento, ele afirma que precisou se apresentar ao trabalho já no dia seguinte, sendo obrigado a fazer infiltrações para conter a dor, tomar medicamentos e continuar exercendo a função durante o tratamento.

Assim, pela carga de trabalho e repetição, a lesão se tornou permanente, o que impede Leonardo de fazer exercícios simples, como corridas. Além disso, segundo consta no processo, “seus pés esteticamente ficaram diferentes e assimétricos, em especial na área do calcanhar”.

O profissional afirma que segue até hoje tomando medicamentos, fazendo infiltrações, sessões de fisioterapia e eletrochoque para conter as dores. Também caminha com dificuldade, frequentemente mancando, não consegue usar alguns calçados e tem dificuldades para trabalhar em sua principal função, a de treinador de goleiros.

Leonardo aponta que apenas uma cirurgia o daria uma chance de voltar a ter vida normal e anexou exames de ressonância magnética recentes que atestam a piora no quadro da lesão.

No processo, ele diz que “sofreu acidente de trabalho, o que foi ignorado pelo Cruzeiro, que continuou exigindo-lhe a prestação de serviços, sem condições médicas para tal”. Ele alerta que o clube sequer emitiu seu Atestado de Saúde Ocupacional, entre 2015 e 2019, de forma a esconder sua lesão desde a ocorrência. E, ao perceber os danos, o demitiu.

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