O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou na manhã desta quinta-feira (03), durante entrevista coletiva em Porto Velho-RO, que perderá 11 ministros no dia 31 de março em decorrência das disputas eleitorais. O chefe do Executivo classificou a data como um “grande dia”.
“Temos previsto 11 ministros para disputar eleições. Obviamente, vamos ter ‘ministérios-tampão’. Eu tenho um profundo apreço pelo Rogério (Marinho, do Desenvolvimento Regional). Isso pode ser conversado, mas nada decidido ainda com ninguém para evitar a ‘ciumeira’. Dia 31 de março, grande dia, 11 saem e 11 entram. Da minha parte, vocês só vão saber via Diário Oficial da União”, explicou o mandatário.
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) deverá se candidatar a senador pelo Rio Grande do Sul. Anderson Torres (PSL), ministro da Justiça, estuda pleitear o cargo de senador ou governador do Distrito Federal. Ciro Nogueira (PP), ministro da Casa Civil, irá disputar a cadeira de governador do Piauí.
A ministra das Mulheres, Família e Direitos Humanos, Damares Alves (PP), ainda não definiu o estado em que disputará uma vaga no Senado. Fábio Faria (PSD), ministro das comunicações, irá definir se concorre a senador ou governador no Rio Grande do Norte.
Flávia Arruda (PL), ministra-chefe da Secretaria de Governo, sairá como senadora ou governadora pelo Distrito Federal. Já o ministro do Turismo, Gilson Machado (PSC), pleiteará o cargo de senador pelo Pernambuco. Marcelo Queiroga, ministro da Saúde, tentará ser eleito senador ou governador da Paraíba.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes (PSL), sairá como senador por São Paulo. Onyx Lorenzoni (DEM), ministro do Trabalho e Previdência tentará ser eleito governador do Rio Grande do Sul. Rogério Marinho, ministro do Desenvolvimento Regional, irá disputar o cargo de governador no Rio Grande do Norte.
Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, busca ocupar a vaga de governador de São Paulo. E Tereza Cristina (DEM), ministra da Agricultura, está entre as candidaturas de senadora ou governadora do Mato Grosso do Sul.
O governo Bolsonaro tende a perder mais da metade de seu alto escalão para as disputais eleitorais em 2022. Segundo a lei, autoridades do Executivo – como ministros – devem deixar os seus respectivos cargos até seus meses antes das eleições – ou seja, 31 de março.