O pedreiro, acusado de ser “serial killer”, e que confessou ser assassino de sete pessoas em Campo Grande, foi julgado, nesta terça-feira (22), pela terceira vez em menos de um mês e condenado a mais 15 anos pela morte do primo Flávio Pereira Cance.
Conforme a sentença, Cleber de Souza Carvalho, de 45 anos, foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.
O pedreiro já foi condenado a 15 anos de prisão por homicídio ocorrido em 2008 e também pelo assassinato de Timóteo Pontes Roman, um colega que o devia R$ 3 mil. Acumulando assim, quase de 50 anos prisão.
‘Matei e enterrei ele mesmo’
Flávio foi visto pela última vez em 2015, quando tinha 34 anos. “Eu matei e enterrei ele mesmo”, confessou Cleber, ao dizer que o primo já havia estuprado a filha dele [de Cléber] e descrever que a vítima era violenta desde a juventude, “matava os bichos que entravam no terreno dele”, falava que era bandido e lutava capoeira.
No dia do crime, os dois estavam no terreno adquirido pelo pai de Cleber, há 37 anos. Flávio morava no local, onde, inicialmente, havia sido cedido ao pai da vítima.
O réu arrumava um encanamento no terreno, momento em que o primo chegou para falar com ele e os dois começaram a discutir por conta do espaço. Em meio a sessão de xingamentos, o assassino trouxe à tona o crime que teria sido cometido pelo primo, em 2006.
Nesse momento, Cleber conta que a vítima pegou um pedaço de madeira e partiu para cima dele. “Quebrou meu dedo, tenho ele torto até hoje”. Com isso, foi a vez do pedreiro usar uma pedaço de madeira para agredir o primo.
Serial killer
O pedreiro está preso desde 15 de maio de 2020. A polícia chegou até ele após a morte do comerciante José Leonel Ferreira dos Santos, 61 anos, na Vila Nasser.
Com a prisão pelo assassinato do comerciante, Cleber Carvalho confessou os outros seis homicídios e indicou os locais onde estavam os corpos. Os homicídios teriam acontecido entre 2016 e 2020.