O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que cerca de oito ministros deixarão o governo no final de março para se candidatarem nas eleições de outubro deste ano. A legislação eleitoral determna que ministros devem se desincompatibilizar dos seus cargos seis meses antes da data da eleição.
Em transmissão nas suas redes sociais, Bolsonaro afirmou que o número de saídas deve ficar por volta de oito. Anteriormente, o presidente já havia dito que 11 ou 12 ministros poderiam deixar o governo.
A lista, segundo Bolsonaro, é formada pelas minsitras Damares Alves, Tereza Cristina e Flávia Arruda, e pelos ministros Tarcísio de Freitas, Gilson Machado, Rogério Marinho, Onyx Lorenzoni, João Roma e Marcos Pontes.
— Temos muita esperanças no Tarcísio em São Paulo. Quase todos esses aqui têm chance de se eleger porque já sai com “V-zero” aqui do governo, mostrando alguma coisa, o que fez, teve muita exposição, passando momento difícil na pandemia — afirmou.
Além deles, Bolsonaro citou que alguns ex-ministros, como Ricardo Salles e Marcelo Álvaro Antonio, e um de seus auxiliares, Tércio Thomaz, também serão candidatos nas eleições. Os três foram envoltos em polêmicas durante o mandato do presidente. Salles e Álvaro Ântonio deixaram o governo em meio a investigações da Polícia Federal. Já Tércio Thomaz é apontado como um dos integrantes do chamado “gabinete do ódio”.
Os ministros e assessores precisam se desincompatibilizar até seis meses antes da eleição, ou seja, até o dia 2 de abril. Segundo Bolsonaro, entretanto, a expectativa é que todos saiam do governo até o dia 31 de março.
— Todos se apresentaram para fazer uma coisa ou outra e continuarão trabalhando até o dia 2 de abril, se bem que eu espero que até o dia 31 todos estejam desincompatibilizadas.