Prisão de estrela do basquete vira disputa diplomática entre EUA e Rússia

A estrela do basquete americano Brittney Griner completou três semanas presa na Rússia após ser flagrada com óleo de Cannabis, e a situação da jogadora é motivo de atenção para o governo dos Estados Unidos que trabalha para o retorno dela ao país.

Em meio às tensões causadas pela invasão da Rússia na Ucrânia, os americanos tentam negociar a volta de Griner ao país, mas alegam que não tiveram acesso à jogadora ainda, nem mesmo pelo consulado.

– Penso que é realmente pouco usual que não tivemos acesso a ela através da nossa embaixada ou dos nossos serviços consulares. O sistema criminal da Rússia é bem diferente do nosso, muito opaco. Não sabemos exatamente onde o processo dela está. São três semanas dela detida e isso é extremamente preocupante – afirmou o congressista americano Colin Allred à ESPN.

De acordo com a congressista Sheila Jackson, a Casa Branca e o Departamento de Estado americano estão trabalhando ativamente através dos canais diplomáticos para tentar o retorno de Brittney.

A gestão de Joe Biden evita se pronunciar publicamente sobre o caso por motivos estratégicos. O temor é que a Rússia use a situação da atleta como trunfo diplomático contra os Estados Unidos durante o período da invasão à Ucrânia.

A jogadora foi detida no dia 17 de fevereiro em um aeroporto perto de Moscou, uma semana antes do exército russo iniciar a invasão à Ucrânia, por posse de óleo de cannabis. Na Rússia, esse tipo de caso pode gerar 10 anos de prisão em caso de condenação.

Griner é considerada uma das estrelas do basquete feminino dos EUA e faz parte do Phoenix Mercury, mas há seis anos ela também joga por um time russo, o UMMC Ekaterinburg, nos meses em que a WNBA não tem partidas.

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