Narciso: ‘Sem um cessar-fogo imediato, a guerra continuará produzindo seus naturais estragos’

Imperativo.

Sem um cessar-fogo imediato, a presente guerra continuará produzindo seus naturais estragos.

A Rússia, desde os tempos dos czares, adquiriu uma mania de grandeza e sempre pretendeu manter-se no top das principais potências do mundo, daí suas naturais divergências com os EUA, com quem competia. Apenas se aliaram para o enfrentamento da 2ª guerra mundial, quando as forças nazistas ameaçavam invadir alguns países do leste europeu, nas vizinhanças dos territórios sob influência e/ou comandadas pela própria Rússia. Dessa aliança e que teve como o grande estadista Winston Churchill, resultou o fim da 2ª guerra mundial e a conseqüente derrota do nazista Adolfo Hitler. 

Ao final da 2ª guerra mundial emergiu os EUA e URSS como as duas maiores potências do mundo, e a partir de então, nunca estabeleceram uma convivência verdadeiramente confiável e pacífica. Pelo contrário. Mesmo nos conflitos para além de suas fronteiras, se a Rússia apoiasse um dos lados os EUA apoiavam o outro, e vice-versa. A exemplificar, a guerra da Síria e diversos outros conflitos. A invasão do Iraque, em março de 2003, por determinação do então presidente dos EUA, George W. Bush não contou com o apoio da ONU, em particular da Rússia. Em tempo: por pertencer ao grupo dos cinco países com direito a veto no Conselho de Segurança da ONU, a referida invasão passou a ser questionada, sobretudo, após não ter sido encontrado em poder de Sadan Hussien, as chamadas armas de destruição em massa. 

Após a 2ª guerra mundial e por longevos anos, os EUA e URSS estabeleceram um clima mundial que restou denominado de guerra fria. A URSS contava com um grupo de mais de uma dezena de países, no que motivou o estabelecimento da Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte, para se contrapor aos avanços expansionistas da URSS, esta orientada, sobremaneira, pelos EUA. 

Com o fim da URSS, a preservação da Otan não faria mais sentido, mas como a Rússia manteve o seu espírito expansionista, sobretudo, quando passou a ser comandada pelo seu atual presidente, Wladimir Putin, vários outros conflitos começaram a surgir, entre eles, a anexação da Geórgia e da Criméia ao território russo, e por último, a invasão de duas províncias no leste da Ucrânia, Luhansk e Donetsh, estas sim, a causa determinante da guerra em curso.

Ao nível em que se encontra a presente guerra, só nos resta esperar que os diplomatas das partes envolvidas consigam chegar a um imediato cessar-fogo e prossigam em suas negociações, até porque, em isto não  acontecendo, não estará descartada a possibilidade de utilização das temidas armas atômicas, cujo maior estoque encontra-se em poder de Wladimir Putin. Com o rabo entre as pernas ele não sairá dessa guerra. 

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