A ciência sem a religião é manca e a religião sem ciência é cega. (Albert Einstein)
A laicidade, ou mais precisamente, a liberdade de crença religiosa consta em todas as nossas constituições, exceto na que prevaleceu no período imperial, quando a religião católica constava como sendo a religião oficial. Desde a proclamação da nossa República que a nossa liberdade religiosa passou a depender da fé de cada brasileiro.
A mais perfeita ou a menos imperfeita das religiões são assim definidas: um sistema de regras morais estabelecidas por meio de crenças e práticas que caracterizam um grupo de indivíduos e servem de ponte entre o mundo humano e o espiritual e que dêem o melhor sentido às suas vidas.
Particularmente, tenho especial respeito a todas àqueles que professam quaisquer das religiões, e mais ainda, naquelas que buscam recuperar o pecador, este como resultados dos seus próprios pecados.
No nosso país as diferenças religiosas têm sido relativamente superadas, posto que, jamais trouxeram maiores preocupações para o nosso ambiente social, nem mesmos entre árabes e judeus. Se as duas religiões com maiores número de seguidores no nosso país são o catolicismo e o protestantismo, suas divergências são apenas de pontos de vistas e das interpretações que fazem da Bíblia.
A igreja católica pratica a veneração dos santos e os têm como intermediadores para interceder junto a Deus, ao tempo em que cultuam no entorno de 4.000 santos. Já a igreja protestante considera que todo ser humano pode e deve recorrer diretamente a Deus, em oração, apenas em nome de Jesus.
Diferentemente da igreja católica que não admite o casamento e exige a abstinência sexual dos seus sacerdotes, a igreja evangélica rejeita o celibato. O próprio Martinho Lutero, promotor da reforma do catolicismo veio se casar com uma ex-freira.
Surgida no Acre nos anos 1.930, e hoje considerada como uma religião, o seu criador Raimundo Irineu Serra, desde o ano de 1.987 o Santo Daime adquiriu o status de religião e o CONAD-Conselho Nacional de Políticas Anti-Drogas e passou a permitir que a Ayahuasca seja ingerida em forma de chá em seus cultos, sobretudo, por não conter dependência, apenas fazendo parte do seu ritual religioso.
De outro lado, a Câmara Temática de Culturas Ayahuasqueiras, órgão do Conselho Municipal de Cultura de nossa capital, na pessoa do seu articulador, Jean Carlos Freire de Lima, em nota pública, expressou o seu repúdio ao tratamento que o ex-deputado federal João Correia dispensou ao Santo Daime, sobretudo, por ao comparar o seu tradicional chá, a uma droga que provoca dependência.