É comum encontrar pessoas que criam bichos inusitados — mas, para algumas usuários da web, o biólogo Gabriel Rosatto foi longe demais. Isso porque ele viralizou no TikTok após mostrar como é a vida com suas baratas de estimação.
Não se assuste: as baratas que ele cuida como “filhas” não são as mesmas encontradas na rua, mas sim de criadouros específicos e controlados. Em entrevista ao site Vida de Bicho, Gabriel explicou que, se fosse o contrário, elas poderiam transmitir doença.
“Estas estão comigo desde pequenas, sendo bem cuidadas e livres de perigo. Temos controle de alimentação, fazemos a limpeza do terrário e ainda tenho contato diário com elas (de pegar na mão e tudo)”, contou.
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— @repostpets (@repostpets) June 3, 2022
A espécie criada pelo biólogo é a barata de Madagascar. Além dos insetos, ele tem a tutela de serpentes, uma gata e um cachorro. Ele afirmou que, mesmo vivendo na mesma casa, cada pet tem seu lugar. “Elas não ficam todas soltas pela casa. As cobras, por exemplo, são animais que precisam do seu espaço próprio, por isso, tenho terrário com aquecimento. Apesar de diferentes, são fáceis de serem mantidos. As serpentes se alimentam a cada 20 dias, em média, e são tranquilas e silenciosas”, garante.
Foi a cobra que despertou a curiosidade de Gabriel, ainda na faculdade de biologia, quando teve contato com tutores de serpentes. Ele decidiu estudar o assunto para entender mais sobre a criação desses bichos como pet.
“São bem diferentes do que as pessoas estão acostumados a ver em casa, então, cada um reage de uma forma. Alguns tem medo, conhecem e se sentem mais seguros. Outros, não conseguem nem chegar perto ou até mesmo ver, mas a verdade é que eles são super tranquilos”, disse.
Mesmo sofrendo preconceito e críticas, Gabriel fez sucesso no TikTok. Com mais de 240 mil curtidas no aplicativo de vídeo, ele compartilha sua rotina de cuidados com os pets, responde dúvidas e desmistifica a domesticação de cobras e baratas.
O biólogo tem como foco mudar a imagem que as pessoas têm sobre esses animais. “Serpentes, por exemplo, sempre foram vítimas de preconceito, mas, felizmente, venho conseguindo mudar esta imagem e mostrar o quão importante são pra nós, até mesmo as venenosas”, afirma.
Gabriel, vale desatacar, trabalha em uma instituição especializada em educação ambiental com outras 20 espécies, entre elas, as baratas. “É difícil dar nome a tantas assim, por isso, todo macho é João e as fêmeas são chamadas de Maria. Esses bichos estão sempre presentes na nossa rotina para ensinarmos a todos sobre respeito, preservação e relação com a natureza”, finalizou.