“Minha candidatura está mantida e eu não abro nem para um trem carregado de dinamite com um doido fumando em cima”, disse na manhã desta sexta-feira (15), com exclusividade ao ContilNet, o deputado federal Alan Rick (União Brasil-AC). Com essa fala ele nega a retirada de seu nome da disputa pelo Senado por divergência com o comando da campanha à reeleição do governador Gladson Cameli.
O deputado fez a declaração face às noticias, divulgadas inclusive pelo ContilNet, sobre suas duas ausências em dois atos de campanha, no encontro do PL, na quarta-feira, e no dia seguinte, no encontro do PP.
“Não há divergências nem queixas contra o comando da campanha. Tanto é que, no segundo ato de início da campanha, na solenidade do PP, lá estava minha esposa me representando”, disse o deputado.
“Não pude comparecer aos dois atos porque estava em Brasília, convocado por meu Partido, para dar quórum no plenário da Câmara para aprovação da PEC 15, aquela dos benefícios aos caminhoneiros e que aumenta o Auxílio Brasil”, acrescentou.
Na quinta-feira (13), logo após votar a emenda, Alan Rick transmitiu o mandato, pelo período de 120 dias, à primeira suplente Antônia Lúcia (Republicanos). “Fiz isso para poder dedicar-me à campanha em tempo integral”, disse Alan Rick, que garantiu permanecer fiel à coligação encabeçada pelo governador Gladson Cameli e que tem também a senadora Mailza Gomes (PP) como candidata à reeleição.
Dois candidatos para uma só vaga, uma possibilidade admitida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
As duas candidaturas numa única chapa, segundo Alan Rick, no entanto, não são boas para a campanha à reeleição de Gladson Cameli. “Isso enfraquece o governador e enfraquece a coligação porque divide os votos. Quem ganha com isso é a oposição, é o PT”, disse. “Mas, como é de nossa natureza, vamos à luta e lutar até o fim para que isso não aconteça”, afirmou.