O acidente que tirou a vida do cantor Cristiano Araújo completou 7 anos em junho deste ano. Passado todo esse tempo, o pai do artista, João Reis Araújo, hoje empresário do segundo filho cantor, Felipe Araújo, ainda mantém numa sala ao lado do escritório dele em Goiânia todo o acervo de roupas e objetos do sertanejo.
Ele abriu as portas do local para a reportagem do Metrópoles, há dois meses, quando recebeu a equipe para dar uma entrevista que fez parte da reportagem especial sobre a rotina dos músicos na estrada, publicada no último domingo (7/8):
A trágica rota da música sertaneja nas rodovias do Brasil.
Em um cômodo especial, geralmente trancado, e ao lado da sala onde ele costuma fazer reuniões e receber visitas, Reis preserva roupas, calçados, acessórios, bonés, chapéus, quadros, fotos e instrumentos de Cristiano. “Essa é a sala do meu conforto espiritual”, definiu ele, emocionado, enquanto permitia a entrada da reportagem.
João Reis pediu que nada fosse filmado ou fotografado no local, em razão da privacidade e do cuidado que ele tem ao preservar o acervo do filho. Tudo está devidamente etiquetado, catalogado e relacionado numa planilha, pois será utilizado em um projeto futuro. Ele pretende criar o Museu do Sertanejo, em homenagem a Cristiano.
Em duas araras, no centro da sala, estão jaquetas, paletós e camisas. “Essa daqui é famosa, ele usou no DVD”, mostrou ele. No chão, estão as dezenas de pares de sapatos e tênis, embaixo de prateleiras, onde ficam caixas com camisetas, bonés, colares, pulseiras, fotos e quadros do cantor.