Dados de monitoramento em redes sociais sugerem que a candidata a deputada federal por São Paulo Marina Silva (Rede) perdeu protagonismo no debate político até mesmo em comparação ao colega de partido e senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
Segundo o Google Trends, que monitora tendências nas buscas no site, São Paulo é apenas o 15º Estado no volume de pesquisas sobre a ex-ministra do Meio Ambiente, que concorreu em três eleições presidenciais consecutivas entre 2010 e 2018.
Entre janeiro e julho deste ano, o nome do senador amapaense foi citado em pelo menos 51,8 mil posts públicos no Facebook, que somam 7,86 milhões de interações. A ex-senadora pelo Acre, por sua vez, foi mencionada em 6,7 mil posts no mesmo levantamento, com 1,78 milhão de interações.
Além disso, comparando as páginas oficiais dos políticos, Marina tem 2,16 milhões de seguidores, contra 342 mil de Randolfe — mas o senador emplacou 8 dos 10 posts com maior engajamento este ano. A pesquisa foi realizada por meio da ferramenta CrowdTangle, da Meta.
Marina foi especulada como candidata a vice-governadora na chapa de Fernando Haddad (PT), em São Paulo, mas a campanha do petista disse que ela rejeitou o convite e preferiu concorrer ao cargo de deputada federal e puxar votos ao partido no Estado.
Rodrigues, por outro lado, foi um dos principais nomes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e aparece como um membro atuante da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2022.
Ele também se beneficia na comparação por exercer atividade legislativa e o papel de líder da oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL) no Senado.
A notícia envolvendo Haddad ajudou a alavancar o nome de Marina no Twitter no início de agosto, segundo o Monitor de Redes do Estadão — ferramenta criada em parceria com a empresa Torabit que analisa postagens públicas e acompanha o desempenho dos candidatos nas plataformas digitais.
Mas, a sua participação em posts que mencionam candidatos à Presidência da República ficou restrita a apenas 6 mil mensagens desde o começo do ano, com destaque para a hashtag #cirina, em apoio a Ciro Gomes (PDT). Randolfe novamente a supera nesse quesito, com aproximadamente 18 mil referências.
Em termos de busca ativa por informações sobre Marina e Randolfe, dados indicam que a popularidade geral de ambos não está tão distante. No Google Trends, ferramenta que mede o interesse dos usuários no site de buscas ao longo do tempo, o nome de Marina Silva foi mais pesquisado em 18 semanas desde o começo do ano, enquanto Randolfe liderou em 13. No ano passado, com a CPI da Covid, ele foi mais popular em praticamente todo o segundo semestre.
As pesquisas no Google sobre Randolfe costumam partir mais do Amapá, sua base eleitoral, enquanto as de Marina estão melhor distribuídas no País, principalmente na Região Norte — seu novo domicílio eleitoral, São Paulo, aparece apenas em 15º, com metade das buscas no Acre.
Marina também aparece mais ligada a termos como “presidente”, “2022” e “candidata” — o que sugere interesse de eleitores em sua participação no pleito. No caso de Randolfe, a pesquisa costuma estar associada a palavras como “Bolsonaro”, “Lula” e “CPI do MEC”.