Em um ano, Acre ganhou 128 empresas, diz pesquisa do IBGE

Entre 2019 e 2020, o comércio no Acre ganhou 128 empresas (6,0%), adicionou de 1.760 trabalhadores (9,7%). O varejo, segmento responsável por empregar 77,2% dos trabalhadores da área comercial, teve um acréscimo de 12,5% em sua ocupação. Com isso, o comércio empregava, em 2020, 19.762 trabalhadores, sendo 1.829 no comércio de veículos, peças e motocicletas, 2.682 no atacado, e 15.251 no varejo.

No entanto, quando comparada a 2010 (15.921), a população ocupada do comércio cresceu 24,0%. O segmento que mais empregou nesse período foi o varejo, com acréscimo de 3.493 trabalhadores (ou mais 29,7%).

Os dados são da Pesquisa Anual de Comércio (PAC) 2020, divulgada ontem (17) pelo IBGE.

Na comparação com 2019, houve aumento na ocupação (9,8%) e no número de empresas (6,0%). Já em relação a 2010, são 159 empresas a mais. O varejo ganhou, em dez anos, 6,3% das empresas e o comércio de veículos, peças e motocicletas, 5,5%. Já no atacado o número de empresas aumentou 31,0%.

Varejo é responsável por 56,0% da receita do comércio

Em 2020, havia no Acre 2.227 empresas, que registraram uma receita bruta de R$ 7,9 bilhões. Destes, R$ 850 milhões foram obtidos no comércio de veículos, peças e motocicletas, R$ 2,6 bilhões, no atacado, e outros R$ 4,4 bilhões, no varejo.

Mais de 77,2% dos empregados do comércio atuam no varejo

O comércio empregou 19.762 de pessoas em 2020, sendo 77,2% no comércio varejista, 13,5% no atacado e 9,2% no comércio de veículos, peças e motocicletas. O crescimento de 29,7% do varejo, entre 2010 e 2020, consolidou o setor como o maior empregador do comércio, simultaneamente com o atacado (18,5%) os dois dos três segmentos a avançar nesse período. O volume de pessoas ocupadas em atividades comerciais, mensurado pela PNADC, inclui tanto trabalhadores formais quanto informais.

Grandes Regiões

Cai participação do Sudeste na receita bruta de revenda do país

Pela primeira vez na série histórica da pesquisa, o Sudeste representou menos de 50% da receita bruta de revenda do país. Em 2020, essa região respondeu por 49,4% dessa receita, 50,7% do pessoal ocupado e 47,7% das unidades locais das empresas comerciais. Desde 2011, ela foi a região com maior perda de participação em cada um desses componentes, com destaque para a redução de 3,5 p.p. em sua proporção na receita. Essa queda foi acompanhada por um aumento de participação do Centro- Oeste (9,2% para 11,0%) e Sul (de 19,4% para 20,9%).

No caso da mão de obra, com a redução da concentração no Sudeste, a participação de todas as outras regiões cresceu: Sul (0,7 p.p.), Centro-Oeste (0,4 p.p.), Norte (0,2 p.p.) e Nordeste (0,2 p.p.).

Embora o Nordeste reunisse 17,0% da mão de obra no comércio do país, a participação dessa região foi de apenas 12,7% no total de salários, retiradas e outras remunerações. Essa foi também a região que pagou a menor remuneração média mensal (1,4 s.m.), enquanto o Sudeste pagou a maior (2,0 s.m.). Nas últimas dez edições da PAC, as duas regiões mantiveram essa situação.

Mais sobre a pesquisa

A PAC é realizada pelo IBGE desde 1996 e retrata aspectos estruturais do setor comercial do Estado. As informações divulgadas são significativas para análise e planejamento das empresas do setor privado e dos diferentes níveis de governo. O principal objetivo da periodicidade anual da PAC é permitir a comparação da estrutura da atividade comercial em pontos diferentes no tempo e identificar mudanças estruturais. Anualmente, a PAC apresenta os principais resultados das empresas comerciais, que são divididas em três segmentos: comércio de veículos, peças e motocicletas; comércio por atacado; e comércio varejista. Para identificar mudanças estruturais, há a comparação entre resultados de uma série de dez anos.

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