Em 2019, Vanderson Brito, primeiro indígena acreano a participar do BBB, foi denunciado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), em Rio Branco, por agressão física, estupro e importunação sexual, um dia antes de entrar na casa, sendo então desclassificado do programa.
Inocentado no mesmo ano, com as denúncias arquivadas por falta de provas pelo Ministério Público de Estado do Acre (MPAC), Vanderson teve que se conformar com o dano que sua imagem sofreu e com sua vida virada ao avesso.
“Eu saí do programa em uma quarta-feira de manhã e na quinta-feira, também pela manhã, a acusação pelo qual fui desclassificado já havia sido arquivada. (…) Eu mandei uma mensagem para uma das produtoras da emissora e recebi apenas um parabéns”, disse.
Após ser inocentado pela justiça, o lutador acreano reagiu usando princípios morais do Aikido, que consiste em usar a força do inimigo contra ele mesmo, sem maiores alardes. Moveu 19 ações de indenização material e moral, com reparação de danos, contra quem o difamou em redes sociais, incluindo as mulheres que fizeram a denúncia.
Conseguiu um parecer favorável da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais e a estimativa de receber R$ 3.000,00 de indenização, cabendo ainda recurso. A reação baseada na doutrina da ‘luta suave’, ao que parece, teve efeito imediato.
Uma das principais acusadoras, Moema Medeiros Dias dos Santos, por exemplo, acaba de se retratar e se desculpar por quaisquer ofensas a Brito, comprometendo-se perante a justiça a não mais divulgar nada que ofenda a moral e a imagem do ex-BBB.
Segundo Vanderson, seu objetivo nunca foi o de prejudicar ninguém: “Eu apenas reagi para que se reconheça que o que foi feito comigo foi muito errado e que admitam que não há o que se falar contra meu nome. Feito isso, que ela tenha uma vida boa, em paz e que eu continue com a minha.