Indecisão do PT motivou candidatura própria do PSOL, declara Nilson Euclides

O candidato do PSOL ao Executivo do Acre, professor Nilson Euclides, foi o entrevistado do programa Papo Informal, apresentado pelo jornalista Luciano Tavares nesta segunda-feira, 29. Em uma hora de programa, Nilson falou sobre o projeto do PSOL para tirar o Acre do atraso, sobre a importância dos movimentos sociais no cenário político nacional, da agricultura familiar, do agronegócio e seu conflito com a floresta, e explicou o porquê de o partido não ter feito coligação ou federação com o PT como ocorre em outros estados.

“Eles só decidiram aos 45 minutos do segundo tempo, demorou demais para anunciar os nomes de seus candidatos majoritários. Além do que a esquerda não pode ter um protagonista único, não é mais assim. Temos outros partidos e não podemos ficar reféns de uma liderança só, temos que nos renovar”, explicou Euclides, ressaltando que neste momento específico o PSOL tem estrutura, musculatura e lideranças próprias para conduzir um projeto de governo alternativo.

Nilson Euclides lembra que no centro da disputa pelo governo está o orçamento de R$ 8 bilhões previstos para o ano que vem, um dinheiro que deveria ser aplicado segundo desejo da população, mas a gestão atual não ouviu a sociedade civil organizada. “Como o Executivo pode planejar obras de infraestrutura sem ouvir, por exemplo, o Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia]. Nós não vamos tomar decisões sem consultar as entidades representativas da sociedade”, afirmou.

De acordo com o candidato, o Acre precisa recuperar toda a sua infraestrutura para poder atrair investimentos privados. “Segundo todos os indicadores o Acre está na rabeira do Brasil em infraestrutura. A internet é péssima, as rodovias são as piores. As pessoas falam do nosso potencial em ecoturismo, mas nossos parlamentares não conseguem aumentar o número de voos para o Acre e as passagens são as mais caras do Brasil”, argumentou ele.

Em relação à Educação, outro dos gargalos para o desenvolvimento do estado acreano, Nilson Euclides lembrou que participou de conversa com os professores e achou muito triste ver a categoria lutando com o governo não por melhores salários, mas para recuperar direitos que a atual gestão lhes tirou. “Embora seja mais educado, o governador Gladson está tocando no Acre o mesmo projeto de destruição da Educação que o governo Bolsonaro vem patrocinando para o Brasil”, disse, comparando a “ignorância do presidente” com um vírus mortal, mais perigoso do que a Covid.

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