Dois criminosos em fuga invadiram uma escola particular de inglês no Butantã, na zona oeste de São Paulo, nesta quinta-feira (29). Eles mantiveram quatro professores e quatro alunos como reféns por cerca de três horas e meia. Após negociação com a polícia, a dupla se entregou e acabou presa.
Antes de entrar na Pingu’s English School, eles chegaram a trocar tiros duas vezes com policiais militares, segundo a corporação. Outro suspeito já havia sido preso.
Inicialmente, a Polícia Militar foi acionada às 11h48 para atender um caso de roubo a uma residência na avenida Morumbi.
Durante a patrulha, os policiais se depararam com veículos conduzidos pelos bandidos, dando início a uma perseguição, que durou mais de quatro quilômetros.
O autônomo Luiz Roberto Alves Rego, 42, estava trabalhando na cozinha de casa, por volta do meio-dia, quando começou a ouvir o que inicialmente pensou ser o barulho de rojões. “Mas aí ouvi vários estalos na sequência e percebi que eram tiros”, afirmou à reportagem.
Ele afirmou que os criminosos seguiam em uma Kombi cinza pela rua Doutor Romeo Ferro, no Butantã. Ao acessarem a rua São Dario, depararam-se com uma base móvel da PM e, segundo a polícia, houve troca de tiros.
De acordo com o coronel Victor Fedrizzi, um suspeito foi preso perto do local onde houve o tiroteio.
Outros dois continuaram em fuga até que encontraram novamente policiais, resultando em nova troca de tiros.
Em seguida, a dupla entrou na escola infantil, na avenida Comendador Alberto Bonfiglioli, e rendeu crianças e professores.
A via foi fechada pela polícia. O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) foi acionado, para dar apoio, e passou a conduzir a negociação para que os reféns fossem libertados.
Por volta das 15h20, os criminosos liberaram os reféns e se renderam à polícia. Com eles foram apreendidos um fuzil, uma metralhadora, seis pistolas, munições e coletes à prova de balas.
O delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, foi ao local e afirmou que a 4ª Delegacia de Investigações sobre Furtos e Roubos a Condomínios assumiria as investigações sobre o caso.
Segundo ele, os três detidos atuam no roubo a residências há cerca de dez anos.